sexta-feira, 1 de junho de 2012

Com vinhos da Cousiño Macul, a Santar, sua importadora celebra jantar no D.O.M.


Meninas e meninos,
Só de ler o título vários de nós já ficaríamos ávidos pela jornada, e que confesso, foi um sucesso.
Organizada a reunião destes ícones pela competente assessoria da Cristina Neves, o Sr Carlos Cousiño começou apresentante a bodega como sendo a única do século XIX, desde sua fundação por Matias Cousiño no ano de 1856, que continua até hoje, 156 anos depois, nas mãos da mesma família.
Já o Macul agregado ao nome, surge da língua Quéchua, no Valle Del Maipo, onde foi erguida a primeira edificação da bodega.
Para as boas vindas, fomos recebidos com um Sauvignon Gris, que Carlos Cousiño diria depois, que a cepa fora descoberta dentre as muitas variedades plantadas juntas, como era normal na época, porque morriam cedo, e quando foram pesquisadas, viram tratar-se de cepa desta varietal, tendo desde então, tratamento, adequação e renovação de parcelas.
Vinho elegante, bom frescor, aromático, bem equilibrado entre acidez e álcool.
Depois, para o Chibé, cuzcuz e tabule Paraense, veio um Antiguas Reservas Chardonnay, com 14,4% de álcool que não se fazia sentir devido ao bom equilíbrio com a acidez.
Floral, cítricos e algo de amanteigado completam este vinho, onde cerca de 10% passa por barricas.
Para o Consommé de cogumelos com ervas da horta e da floresta, foi servido o Cousiño-Macul Antiguas Reservas C. Sauvignon 2009, com 14,7% de álcool.
Sempre fui admirador deste vinho, que mesmo sendo o de entrada da linha reserva, nunca me desapontou, mostrando-se frutado, algo do tostado da passagem de 12 meses por barricas, acidez ótima.Um belo vinho entra safra, sai safra, e esta safra, a de 2009 foi um das melhores do Chile.
Para um Confit de pato com vinho Madeira, purê de cará e pimenta verde, o excelente Cousiño-Macul Finis Terrae 2008, um corte de 60% C. Sauvignon; 35% Merlot e 5% Syrah.
Maravilhosa mescla, que deu fineza ao vinho, com 14,1% de álcool, muito bem equilibrado com taninos e boa acidez, muita fruta, especiarias, sutil floral, e toques canforados depois de algum tempo. Apesar de termos ainda um vinho que é o ícone da bodega, para mim, foi o campeão da noitada enogastronomica.
Para a costelinha de porco ao Malbec com mandioca, o ícone da bodega o Lota 2007, blend de 90% C. Sauvignon e 10% Merlot. Vinho concebido em sua primeira safra, a de 2004, que seria aberto em 2006 para comemoração dos 150 anos da Cousiño-Macul.
As melhores uvas das melhores parcelas com 90 anos de idade, por isso mesmo com rendimentos baixos, ao redor de 4.000 Kg/ha, são neste vinho utilizadas. São engarrafadas apenas 700 caixas de 12 unidades/ano.
Totalmente manual desde o processo de colheita, a maceração a frio de faz por cerca de 7 dias, seguindo então, separadas pelas cepas, para a fermentação com temperaturas controladas, diferentes para cada variedade.
Desde a malolática, já nas melhores barricas francesas 85% novas, até sua finalização, 18 meses depois, só as barricas que os enólogos consideraram ideais em evolução foram para a garrafa.
Segundo Carlos Cousiño, as plantas são pré-filoxera e as leveduras indígenas.
Muita fruta e especiarias, mentolado, vinho encorpado, untuoso, fácil de agradar e de beber.Com 14,3% de álcool e taninos presentes, macios, equilibrados com boa acidez, faz desse vinho ótimo acompanhamento para pratos mais gorduroso e fortes, como rabadas, ensopados aromáticos com caças, e queijos.
Para o tradicional Aligot(purê de batatas com queijo minas padrão e queijo Gruyère), para meu gosto, os que mais harmonizaram foram entre os brancos o Sauvignon Gris, e o belo Finis Terrae.
Santar
www.santar.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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