segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Espanha cada vez mais surpreendendo o paladar

Meninas e meninos,
Quando digo em palestras ou mesmo em conversas com enófilos, ou neófitos, que a Espanha hoje, surpreende pelo belo elenco de opções em vinhos, sejam espumantes, brancos, tintos ou rosados, de todas as regiões, talvez sendo equiparada a Portugal, outro belo exemplo de “surgimento” ou “ressurgimento” vínico, não é sem razão.
Se não vejamos: Qual país produtor, sem demérito para os demais, que mais se tem mostrado aos mercados externos, e com aceitação tão boa?
Claro que passam pela crise européia, como outros de seus irmãos de continente, mas assim mesmo, estão buscando a excelência nos vinhos, alguns com o gosto globalizado que se nos impões hoje o mercado, mas ainda assim com muita personalidade, e com os tradicionais, mas renovados vinhos, que outrora só eram apreciados pelos descendentes, e que hoje o são por muitos dos que buscam vinhos menos alcoólicos, mais expressivos de seu terroir, sem muita igualdade de gosto e aroma, já que muitas das leveduras utilizadas são as mesmas em todas as partes do mundo vitivinícola, e mesmo os mais alcoólicos, talvez até fruto do clima muito mais quente de hoje, são modernos à moda antiga!
Mas, para exemplificar o que digo, semana passada, tive a oportunidade de sair de almoço com Cavas (o espumante Espanhol Catalão), trazidos pela Vinho Sul, e em seguida degustar alguns vinhos Espanhóis recém chegados à importadora Wine Society, complementando os que já havia provado e até feito postagem
Degustei os vinhos Piedra Azul 2009 e o Piedra Platino Selection 2003 da Bodega Piedra da D.O Toro, que utiliza a Tinta de Toro, ou Tempranillo, e que detém hoje a maior parte de vinhas velhas dentro da D.O, contando com algumas parcelas centenárias e mesmo em pés francos (plantadas antes da praga Filoxera, e sem enxertia), o que obviamente dá um caráter todo diverso aos frutos e consequentemente aos vinhos.
-O Piedra Azul, mais simples, apresenta frutas e especiarias no olfato. Com o álcool aparecendo um pouco em boca, confirma as especiarias, principalmente o cravo, e as frutas(ameixas).
-O Piedra Platino 2003, já com mais idade, apresenta algo de balsâmico, as notas de tostados da madeira (passa 18 meses), e as frutas mais maduras. Em boca aparecem as frutas em compota e algo do balsâmico, após algum tempo abrem-se notas florais e algum vegetal.
-Da bodega Vênus La Universal, degustei o Dido Monsant 2008, um D.O Monsant, corte de Garnacha; Merlot; Cab.Sauvignon e Syrah. Esta D.O fica localizada em Tarragona na Catalunha.
Vinho delicioso, cor ainda bastante jovem, com aromas de frutas, um floral abundante, sutil mineral. Em boca confirma as frutas, taninos de mostram e bons, boa acidez. Depois de algum tempo abre-seno olfato um delicioso mentolado, e especiarias(provavelmente da Syrah).Passa 9 meses por madeira, mas não todo o vinho, 40% passa por tanques de cimento.
Mas o próximo vinho, um branco, o
-Palácio de Bornos Verdejo Fermentado em barrica 2009, um D.O Rueda, estava fantástico.
Como o rótulo mesmo diz, da uva Verdejo, com 13,5% de álcool que não se sente, uma acidez muito boa, equilibrado na madeira, passa 4 meses, se apresenta com aromas doces lembrando doce de marmelo, mineral e lácteo.Em boca confirma as frutas doces, untuoso sem exagero, longo, e de agradável sensação de frescor. Ótimo vinho para harmonizar com carnes de porco e o bacalhau, gastronomias infalíveis do Natal.
Para achar estes e outro vinhos procure a importadora Wine Society
www.winwsociety.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

2 comentários:

Walter Tommasi disse...

Oi Alvaro
Tambem gostei muito do Palacio de Bornos fermentado, foi meu segundo vinho. Mas achei que o Dido mesmo jovem foi a estrela da tarde ( existe isto? ha ha ha )mais dois aninhos de garrafa e será fantástico
abraçao e parabens pelo post

Álvaro Cézar Galvão disse...

Caro Tommasi, ficamos asim: Branco o Bornos, e tinto o Dido, que concordo plenamente sobre os taninos, mas gosto assim, se mostrando.
Obrigado