sábado, 30 de abril de 2011

Experiência sensorial aliada ao trabalho social.



Meninos e meninas,
Recebi do amigo Almir, o relato sobre a linda experiência que a também amiga Daniella Romano conduziu, com um grupo de deficientes visuais durante a Expovinis.
Leiam um trecho deste relato do Almir:

“Em algumas oportunidades pude conversar com a Daniella Romano, dos “Aromas do Vinho”, a respeito do projeto sensorial que ela vem desenvolvendo.
Ao longo de dois anos um grupo de deficientes visuais, vêm experimentando e aprendendo sobre vinhos e hoje estão inseridos neste universo.
A identificação dos aromas, o aprendizado no desenvolvimento de um material que pudesse ser manipulado sem riscos, tudo isto agregado, mais o tempo e a dedicação de instrução e ensino, em cada passo, possibilitou trazer e tornar possível e real o projeto.
Deixaram de ser só os aromas, deixou de ser só o vinho e passou a ser um bem social, algo sem preço, algo que realmente me emociona, me comove e me convence.
Sinto-me feliz de ser o porta-voz no sentido de divulgar o trabalho, vendo como uma oportunidade única, um aprendizado sensorial e muito emocional, na descoberta de um mundo novo, por quem antes se achava, de alguma forma, limitado fisicamente.
As oportunidades são imensas, o horizonte que se abre, descortina-se em uma realidade que se firma em uma idéia e se consolida em resultados práticos, quando se vê um grupo como este, circulando em uma feira de vinhos, da magnitude da Expovinis.
A feira, os interesses comerciais, tudo isto foi o “pano de fundo”, por alguns instantes, na vida destas pessoas que tiveram a oportunidade de degustar vinhos e experimentar um novo mundo, em um projeto único, espetacular, desprendido e abnegado, desenvolvido pela Daniella.
Ela poderia nos falar mais, falar do que foram estes dois anos, na concepção, no ensinamento, na busca por soluções para incluir o grupo, torná-lo homogêneo, cheio de percepções e alcançar resultados.
Daniella reuniu seu grupo de deficientes visuais e os conduziu a Expovinis 2011. Pudemos observar e acompanhar os passos, e as expressões de felicidade do grupo formado por pessoas comuns, experimentando o que se pode chamar de “Inclusão Social”, a meu ver, sem precedentes no mundo dos vinhos.
www.aromasdovinho.com.br

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mais uma boa novidade da Expovinis 2011



Meninas e meninos,
Terminou ontem a Expovinis, a maior feira de vinhos da América Latina, e que este ano, finalmente colocou à venda com preços promocionais, alguns dos vinhos lá expostos.
A Exponor está de parabéns pela iniciativa.

Ainda falando dos vinhos Brasileiros, assunto, aliás, que prezo muito, encontrei-me com os proprietários da Guatambu Estância do Vinho.
Já havia tomado conhecimentos dos vinhos desta vinícola de São Pedrito, extremo sul do RS, quando ano passado, como jurado da V Avaliação Internacional de Vinhos, vi a premiação de um dos vinhos da vinícola, o Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon 2009, ser agraciado com a medalha de prata.
Desta vez, vou falar um pouco do vinho branco Ecos do Pampa Sauvignon Blanc 2010.
Distinto de outros Sauvig Blanc, até porque é resultado de uvas cujo clone desta uva é diferente, me agradou muito.
Aromas que não me remeteram ao herbáceo, comum neta cepa, aquele aspargo quase dominante nestes vinhos, e nem tampouco o maracujá que também aparece nos outros.
Este é bem floral(flores do campo), frutas brancas como maçã verde, algo de goiaba, cítricos como o limão Siciliano, ligeira especiaria e sutil mineral.
Vinhos com 12,5% de álcool, agradável para se degustar solo ou em harmonizações mais leves, combinando com o corpo deste vinho.
Persistente e longo em boca, confirma as frutas cítricas, ótima acidez, nada de amargor final que por vezes os herbáceos provocam, sutil amanteigado(creio que possa ter tido sua fermentação em barris) vinho muito gostoso e fácil de beber.
Que tal experimentar este vinho com um Linguado no papelote com poucas especiarias, ou mesmo uma massa com molhos simples como o branco e frutos do mar, em especial os camarões levemente passados em alho e feitos ao vapor?
Gosto de ver que a vitivinicultura Brasileira está progredindo, apresentando cada vez mais bons produtos.
Estância Guatambu
http://www.estanciaguatambu.com.br

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Passito da Vinícola Santa Augusta é lançado na Expovinis 2011




Meninas e meninos,
Estive presente em mais um lançamento na Expovinis e também de Santa Catarina, o que vem contribuir com a minha tese de que estamos sim a caminho de nos tornarmos um importante produtor de bons vinhos.
Desta feita, um Passito, ou seja, aqueles vinhos de sobremesa que são vinificados à partir de uvas já passificadas.
São dois os métodos para tal, e um deles, é o que deixa os cachos das uvas nas parreiras além da época da colheita, onde começam a secar.
Neste caso, como falamos de Santa Catarina, onde o regime de chuvas é um pouco mais tardio do que estão acostumados os enólogos no RS, para prevenção de abelhas(devido ao apelo natural da natureza com as uvas exalando seus aromas adocicados), e também das chuvas, o Jéfferson, enólogo responsável, além de cobrir os cachos de uvas com uma tela super fina, cobriu também o parreiral de Moscato Giallo, uva aromática utilizada para vinificar o Passito, com uma proteção de plástico, para impedir que as chuvas de final de março inicio de Abril pudessem acrescentar água aos cachos já meio secos.
Outra providência tomada foi a de “interromper” a condução da seiva aos frutos, mediante uma torção dos pedúnculos dos mesmos.
A Vinícola em questão é a Vinícola Santa Augusta, localizada em Videira, representada na ocasião pelas lindas jovens proprietárias e primas Taline e Morgana, com uvas plantadas em Videira a 1000 m de altitude, e também em Água Doce a 1300 m de altitude, a Santa Augusta está em processo de transformação de seus vinhedos em biodinâmicos, e já utiliza muito pouco SO2, já que possui câmaras fria para armazenar as uvas recém colhidas, não deixando que o processo de fermentação se inicie.
O Passito, agora lançado, como todos os vinhos de sobremesa, têm que cuidar muito bem para que a acidez permaneça, pois aliada aos açúcares, que no caso são de cerca de 83 g/l, se equilibrem.
O vinho é muito aromático no olfato, lembrando floral, frutas passificadas como os damascos e laranja, mas o que me chamou muito a atenção é que as especiarias presentes são muitas e nítidas, onde se destacam a canela, o aniz e a noz moscada.
Em boca confirma o floral(mel) e principalmente o aniz.
O álcool se faz sentir mais em boca do que no nariz, o que me permite pensar que daqui mais algum tempo em garrafa, este se integre, pois nem bem acabaram de colher e vinificar, já foi engarrafado.
Demorou cerca de 48 dias para completar a fermentação que se dá à baixa temperatura, entre os 8º e 10º, preservando cor e aromas.
A safra deste que degustei é a de 2010.
Álcool de 15,5%, com acidez de 5,86 g/l (ácido tartárico).
Para sobremesas como bolos de frutas secas, sorvetes, queijos de mofo azul, o vinho vai muito bem.
Foi fornecido um kit aos jornalistas presentes para que degustem em cãs com mais sossego e com harmonizações as mais diversas, que mostro na foto que tirei.
Vinícola Santa Augusta
http://www.santaaugusta.com.br/

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lançado o Além Mar da Villaggio Grando



Meninas e meninos,
Ontem, dia cheio de atrações no tocante aos vinhos.
Logo pela manhã, e eu, à vapor dos medicamentos para a labirintite(acho que casou comigo com união universal de bens, pois não quer me largar sem levar algo em troca) uma mesa redonda com o tema O VINHO NO BRASIL-Os obstáculos e as oportunidades de um segmento em franca expansão.
Debatendo em dois blocos e mediados pelo amigo Piotto, lá estiveram Raimundo Paviani pelo IBRAVIN, Ciro Lilla pela importadora Mistral, Wagner Ribeiro pela Salton, e depois Rogério D’Avila pela importadora Ravin e Luiz Henrique Zanini da Valontano.
Selo fiscal, o eterno sê-lo ou não sê-lo dominou os debates, que à meu ver, tem sim muita importância, e eu me declarei abertamente contra esta medida, mas, que implementado está, então, estamos mais que na hora de unirmo-nos e discutirmos meios de melhorias para o vinho como um todo com o selo, e creio que demos os primeiro passo nesse sentido com os debates, que transcorreram com elegância, em que pesem os pontos de vista antagônicos dos debatedores.
Obrigado Didú pela organização do evento.
Precisamos de mais encontros como estes, e o que está previsto para o último dia da Expovinis com o tema “O papel dos supermercados na comercialização dos vinhos no Brasil”.


Lançado na feira o vinho Além Mar, da vinícola Villaggio Grando, com a presença do enólogo Antonio Saramago, dos mais respeitados de Portugal, e pelo sommelier premiado, chamado na terrinha, escanção, José Santanita.
Vinícola situada Água Doce, Santa Catarina, em altitude de 1300 m, o vinho é um corte de Cabernet Franc, Merlot e Malbec, passando por madeira em torno de 8 meses, sendo destes barris franceses, cerca de 70% novos e o restante de 2º uso.
Nariz muito convidativo, com frutas e muitas especiarias, algum tostado leve e que se abre cada vez mais em leve floral.
Boca muito boa em acidez, creio que devida à Cab Franc, taninos presentes e finos, com equilíbrio e elegância, e uma coisa que me chamou muito a atenção, 12,8% de álcool, transformando-o em um vinho que queremos mais, não cansa, bom para ser degustado em qualquer época do ano, e creio que para harmonizar-se vai bem com um leque grande de opções gastronômicas, como carnes vermelhas em várias cocções, menos as com muito molho, queijos diversos, massas e até risotos, contanto que não levem frutos do mar, é claro.
Arriscaria até um bacalhau com bastante azeite, batatas, alguns pimentões e tomates.
Hoje temos mais, e eu já com tonturas, mesmo antes de degustar, não é o caos?
Quem sabe não preciso mesmo é de um contraveneno com os ótimos vinhos Brasileiros em ação? Dal Pizzol, Granja União, Valmarino, Valduga, Pizzato, Miolo, Almaúnica... me aguardem
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vinhos e perfumes se comportam da mesma maneira quando analisados pelos aromas e fragrâncias




Meninas e meninos,
Esta semana está concorrida, com várias feiras e mostras internacionais de vinhos, e apesar de não estar fisicamente muito bem por causa de uma labirintite que me “pegou” e não quer largar, resolvi postar uma pequena comparação entre a análise olfativa que fazemos quando compramos ou provamos um perfume e os vinhos.
Organolepticamente são bem distintos, mas as notas de cabeça, as primárias e terciárias dos perfumes, também as encontramos nos vinhos, quando fazemos análises sensoriais quanto aos aromas.
Os aromas primários são os atribuídos às diversas cepas de uvas, ou seja, quando liberados da garrafa e expostos ao oxigênio, os aromas liberados em primeiro lugar, sem se agitar a taça, são os provenientes da uva ou uvas que compõem o vinho, da mesma maneira que as fragrâncias primárias no perfume, incluindo-se ai as ditas notas de cabeça, que compões o leque aromático desejado pelo perfumista.
Quando ao agitarmos a taça, o aeramos, ou seja, forçamos a maior mistura de oxigênio, exalam da mesma, os aromas secundários, que já são provenientes de um complexo sistema de combinações de substâncias presentes nas uvas, do modo como foram extraídos os mostos, como foram vinificados, da onde provêm, e como se comportaram em barris, sejam de madeira ou aço.
Nos perfumes acontece a mesma coisa com as notas secundárias, que vão compondo em segundo plano e mais sutilmente após se mostrarem em todo o potencial do perfume e seu fixador.
Já mais adiante, com o oxigênio interagindo sempre no vinho, teremos então, os aromas terciários, se e somente quando o vinho em questão é um vinho já mais envelhecido, ou seja, que está em garrafa por algum tempo, (aqui cabe lembrar que uma confusão se faz muito freqüente:
Amadurecimento é o tempo que o vinho estagia em barris.Envelhecimento se dá quando o vinho já está engarrafado) tempo este suficiente para que surjam os aromas de couro, aromas animais, oxidações benéficas, os balsâmicos, nos brancos principalmente, notas devidas ao tempo de guarda em garrafa, e que nos mostram ser este vinho já de algumas safras mais atrás. Não confundir com os aromas indesejáveis do Brettanomyces, uma levedura presente nas cascas das uvas, e que devido ao manejo inadequado e pouco higiênico, podem surgir com força no vinho.
São principalmente o Etil-4- Fenol e o Etil-4-Guaiacol, as substâncias responsáveis pelo mau odor.
Eu particularmente, quando o Brett, como costumamos chamá-lo, não se destaca muito, a mim não incomoda tanto, é aquele odor que costumamos associar aos estábulos.
Quanto aos terciários no perfume, eles aparecem também após as reações de nossa pele com a fragrância e ai permanecem.
Outra dica: Fragrância, cheiro, odor, se diferenciam de aromas, por que estes últimos podemos senti-los degustando-os e também com nosso retro-olfato, ou retrogosto, enquanto que os primeiros não.
Se experimentamos e nos habituamos à “provar” os perfumes, porque não faze-lo com os vinhos?

A foto extraí do Face Book MAIS QUE PERFUME!
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Vinea inaugura loja em Alphaville



Meninas e meninos,
Estou colocando este release agora, apesar de que, a Loja da Importadora Vinea já inaugurou, mas, para a Páscoa, é uma excelente pedida para quem precisa comprar bons vinhos, vejam:
Segunda unidade da importadora tem wine bar equipado com quatro máquinas Enomatic
A importadora Vinea, fundada em 2006, conta a partir de agora com uma segunda unidade. No espaço recém-inaugurado em Alphaville (Barueri) estão expostos mais de 250 rótulos do portfólio da marca, cuja sede está instalada no bairro do Paraíso, em São Paulo.
Vinea, comandada por Walter Fonseca, proprietário da marca, exibe em seu endereço de Alphaville um jardim, com espaço enogastronômico ao ar livre, e um wine bar equipado com quatro máquinas Enomatic para comercialização de vinhos em taça. O equipamento conserva 24 rótulos, em três diferentes dosagens: 25ml, 75ml e 150ml.
A nova unidade, com projeto assinado pela arquiteta Ana Ono, tem uma área de 180m², com prateleiras de madeira de clara, que valorizam a exposição dos rótulos e facilitam a escolha do cliente. O ambiente tem também boa iluminação, associada a um atendimento amigável.
Vinea
Alameda Araguaia, 540, Alphaville – Barueri - SP
11 2078-7880 (nova loja)
Rua Manoel da Nóbrega, 1.014, Paraíso – São Paulo.

11 3059-5200
Horário de funcionamento: seg. a sex., das 10h às 22h; Sab., das 10h às 18h.
www.vinea.com.br

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Os vinhos da Família Schroeder sob o paralelo 39º de latitude sul-Patagônia Argentina



Meninos e meninas,
Quando degustamos alguns vinhos que são originários de terroirs marcados pelas grandes diferenças climáticas, devemos nos lembrar sempre que não há comparações possíveis com outros que já tenhamos degustado, mesmo sendo das mesmas cepas viníferas.
Isto acontece sempre, é claro, pois em cada terroir teremos particularidades inerentes aos solos, climas, manejos diversos, gradientes de temperatura etc...
Conheço os belos vinhos da Família Schroeder da região vinícola relativamente nova de San Patrício del Chañar, Patagônia Argentina, faz alguns anos, e agora retomo ao degustá-los novamente a comparações inevitáveis, e sou sincero em dizer que estão mais ao meu gosto agora do que antes. Eu mudei? Eles mudaram? Provavelmente ambas as afirmações!
Convidado pela sempre eficiente assessora e degustadora sensível, Fernanda Fonseca, em nome da Decanter, a importadora responsável por esta gama de rótulos no Brasil, participei de almoço no Charlô Bistrô com amigos jornalistas, onde os vinhos desta bodega, de várias linhas, nos foram mostrados.
Sua linha de Pinot Noir é para mim muito boa em suas versões Saurus, Saurus Patagônia Select, Saurus Barrel Fermented e Família Schroeder.
São diferentes entre si devido às condições de passagem por madeira, sendo as que menos passam por elas, a linha Saurus, seguida das outras em ordem crescente de tempo, e qualidade das parcelas de uvas utilizadas, chegando ao top na linha Família Schroeder.
Provamos vários vinhos de cada família de rótulos, como Merlot, Malbec, Cabernet Sauvignon, um corte de Malbec e Pinot Noir, um belo Chardonnay.
Mas, um vinho que eu jamais pude pensar que pudesse ser tão agradável, e nem sequer fosse vinificado, para mim foi a estrela: Um Pinot Noir Tardio.
Equilibrado em acidez e dulçor, este vinho é ótimo para as sobremesas com frutas carameladas, sorvetes, bolos de frutas frescas e secas e até algumas preparações com chocolate, contanto que tenham também frutas dando-lhes frescor.
Como curiosidade saibam que o nome Saurus advém de uma descoberta da ossada de um Titanossáuro em terras da vinícola.
Decanter
www.decanter.com.br

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 19 de abril de 2011

Finca Decero-Remolinos Vineyards Argentina

Meninas e meninos,
Juan Marcó, CEO da Finca Decero, em degustação de seus vinhos, avisa que um dos rótulos que eu mais gostei da cepa Petit Verdot, o Landélia, não está mais sendo comercializado por estratégia comercial da empresa.
Eu conheci os vinhos Landelia em 2009, apresentado aos rótulos pela Ana Import, o braço vínico do Bel Marques, crooner da banda Chiclete com Banana, e cuja esposa é a Ana Marques, que dá nome à empresa, e fiquei logo fã.
Mas não fiquei à ver navios, como diriam os mais velhos, pois o rótulo Decero Remolinos Vineyards Mini-Edición Petit Verdot está magnífico.
Thomas Schmidheiny, proprietário, sempre sonhou em construir uma vinícola com a máxima expressão em tecnologia, mas sem estar baseada em conceitos baseados na tradição ou pré-concebidos, mas pela pura paixão aos vinhos.
Iniciada do zero, como diz no nome, desde o início foi adotada a prática sustentável em seus vinhedos com 150 há plantados de um total de 200ha, localizados na região de Agrelo, a 1050 metros de altitude.
Três classes de rótulos traduzem a finca:
Decero Clássico com Malbec; Cab Sauvignon e Syrah.
Decero Mini Ediciones, provenientes de mínimas parcelas.
Decero Amano, onde tudo é cuidado manualmente e o Top de Gama.
Degustamos os seguintes vinhos:
-Decero Remolinos Vineyards Syrah 2007, amplo em aromas e sabores, com pimenta do reino, floral e especiarias no olfato, em boca o chocolate, especiarias, sutil casca de laranja lembrando algum cítrico. Boa acidez, álcool 14,5% e passagem por barris de carvalho francês pelo menos 14 meses, sendo que 30% deles novos.
-Decero Remolinos Vineyards Malbec 2008, com olfato de tostados, fumo e frutas, confirmados em boca. Álcool 14,5% e estágio em barris semelhante ao Syrah.
-Decero Remolinos Vineyards Cabernet Sauvignon 2008, aromas de coco, apesar de ter passagem por barril semelhante aos anteriores(explicou Juan que o tostado de seus barris é diferente do usual).
-Decero Remolinos Vineyards Mini-Edición Petit Verdot 2008. Fazem este varietal aproveitando a qualidade da uva Petit Verdot, já uma parte delas entra no corte do vinho Top da vinícola. Neste vinho já temos um diferencial quando da passagem por barris, pois como os outros, fica no mínimo 14 meses, mas agora, 50% deles são novos. Muita fruta, algo de açucarado(rapadura), sutil mentolado, em boca confirma as frutas, com algo de doce de figo, chocolate, taninos presentes e ótimos, boa acidez, foi o meu vinho preferido!
-Decero Remolinos Vineyards Amano 2008, corte de Malbec(64%); Cab Sauvig(30%); Petit Verdot(4%) e Tannat. Álcool de 14,5%, passa 20 meses em barris de carvalho francês novos e 12 meses descansa em garrafa.No olfato nos mostra as frutas doces, coco no início depois baunilha mostra o tempo em carvalho. Em boca, doce, equilibrado, lembra doce de leite, toque floral no retrolfato.
Harmonizados com a carne servida no L’Entrecôte de Paris, gostei da harmonização do Petit Verdot e do Malbec.
A Finca Decero é trazida ao Brasil pela Ana Import.
http://www.anaimport.com.br/

Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Degustando o vinho preferido da casa real espanhola.


Meninas e meninos,

Recentemente estive a convite das meninas mais que competentes da Tema Assessoria, capitaneadas pela sempre linda Silvana, em uma degustação, onde o representante da Bodegas Vizar, o bem humorado Alberto Escribano, nos brindou com seus vinhos.

Os vinhos da Bodegas Vizar estão sendo importados pela Casa do Porto, e em uma degustação seguida de almoço, o Alberto nos mostrou e contou sobre seus vinhos.

A Vizar se encontra em uma localização privilegiada, com a D. O Tierra de Castilla y Leon, cercada de outras grandes e reconhecidas bodegas, às margens do rio Duero, em uma zona conhecida como “dourada”, com clima e solos ideais para a vitivinicultura. São 80 ha de vinhedos onde as variedades Tempranillo, Syrah, Merlot e Cabernet Sauvignon dão excelentes resultados, onde para seu próprio uso, utilizam menos da metade da área.

Sem se descuidar do seu patrimônio onde o ser humano e o profissional se reúnem, dispõem de infraestrutura moderna e de alta tecnologia, o que permite à Vizar lograr êxito em seus vinhos, sem jamais se esquecer da tradição que uma das melhores zonas vinícolas pode proporcionar. “Nossa bodega entende o vinho não só como um produto, mas também como elemento de união entre as pessoas, e os mesmos são uma união perfeita para compartilhar momentos agradáveis na companhia das pessoas que realmente importam, facilitando estes momentos” diz Alberto. Degustamos:

-Elbo 2009, um vinho jovem 100% Tempranillo, com 13,5% de álcool, leve equilibrado e fácil.

-Vizar 2007 Cinco meses(tempo da passagem por madeira), corte de Tempranillo(90%) e Merlot(10%), com empireumáticos no nariz(advindos do tostado dos barris), estagia 5 meses em barris, com boa acidez e taninos idem.

-Vizar 2006 Doze meses, corte de Tempranillo(85%) e Cab.Sauvignon(15%), austero sem perder a elegância, equilibrado em álcool(13,5%), acidez e taninos, com muita fruta, algum floral, sutil mineral que se perde com o tempo em taça, e madeira na medida que não apague o frutado, mas se faça sentir.

-Vizar Selección Especial 2006, um meio a meio Syrah e Tempranillo, com as especiarias e dulçor da Syrah, as frutas da Tempranillo, perde um pouco em acidez talvez devido à Syrah, mas com taninos macios, em boca confirma as especiarias, um toque de cogumelos e de salumeria.Passa 14 meses em barricas francesas e tem 13,5% de álcool. Produz cerca de 6000 garrafas.

-Vizar Syrah 2007, com 13,5% de álcool, muitas especiarias em boca e no olfato, uma deliciosa casca de laranja confitada(lembra aquelas casquinhas em palitinhos, servidos para mexer o café), muitas frutas maduras e em compota, bem encorpado e ainda mostrando taninos, que em conjunto com a madeira(14 meses) deixam um retrolfato de chocolate amargo. São poucas garrafas produzidas, cerca de 3000, aliás, toda a linha tem a característica de não produzir em larga escala.

Almoço servido;

-Couvert variado,

-Magret de pato com cassis, purê de mandioquinha e farofa de castanha do Pará, ficou esplendido com o Vizar 12 meses, uma harmonização muito boa mesmo.

-Lombo de cordeiro com crosta de chá de menta, massa recheada com batatas e queijo Gouda. Uma harmonização difícil devido ao chá e ao recheio da massa, mas que o Vizar Selección Especial 2006, e o Elbo 2009, dois estilos diferentes entre os vinhos provados, não fizeram feio, aquele pelas especiarias e corpo devidos à Syrah e este pela acidez e frescor marcados.

Meu vinho preferido foi o da foto, o Vizar 12 meses.

Ao final do almoço, o Alberto me presenteou com uma garrafa do Vizar Syrah, o vinho preferido da casa real espanhola, mas que teria que busca-lo quando em visita à Bodega, só que no “documento” assinado por ele, a validade do brinde é de apenas 30 dias....pode isso?

Bodegas Vizar


Casa do Porto


Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sábado, 16 de abril de 2011

Shopping Vila Olímpia promove “harmonização” entre moda e vinhos italianos.


Meninas e meninos,

Vinho e moda, moda e vinho, ambos são sempre bem vindos.

Como meu lema é: Um novo olhar sobre tudo o que lhe proporciona prazer, faz alguns anos postei sobre o tema, e fiquei surpreso ao receber um pedido via blog, de uma brasileira, residente na Itália, mais precisamente na Sicília, que faz moda praia, e queria saber mais sobre a interação desta bebida mágica e a moda.

Daí surgiram alguns encontros aqui no Brasil, onde começamos uma amizade bacana. Seu marido trabalha com turismo gastronômico, não é sensacional?

Agora recebi da amiga Lara, este release que repasso, e espero que tenha a mesma repercussão que o outro postado anos atrás.


"Até 1 de maio, o evento Vinho & Moda trará looks da moda outono/inverno aliados ao que há de melhor da enologia italiana. Um vinho tem suas nuances, assim como os tecidos. O processo de degustação começa com a visão, antes do paladar. Disposto a unir o melhor da moda e do vinho, o Shopping Vila Olímpia promove este mês o evento Vinho & Moda, reunindo paladar e visão num só ambiente: o lugar perfeito para conhecer as últimas tendências da moda outono/inverno, apreciando o melhor da enologia italiana, com rótulos de fazer inveja a muitos apreciadores da bebida de Baco. O evento faz parte das comemorações do ano da Itália no Brasil. A mostra contará com 20 looks entre, femininos, masculinos e infantis em manequins expostos no 1º piso do shopping. Ao lado de cada um deles, o diferente vinho italiano que serviu de inspiração ao stylist Higor Vaz Alexandre, contratado para criar os looks usando peças de marcas como Shop 126, Brooksfield, MOB, Iódice, Calvin Klein.

“Assim como na moda, os vinhos são escolhidos de acordo com a ocasião e refletem muito de nossa personalidade. Além disso, o vinho será uma das cores fortes para este inverno. Nossa proposta é aliar as tendências da estação aos melhores rótulos de nossos lojistas e mostrar algumas das opções que o Shopping oferece para a estação mais fria do ano”, antecipa Emerson Lucas, gerente de marketing do Shopping Vila Olímpia.

Os vinhos que inspiraram a mostra foram selecionados por profissionais das lojas especializadas do próprio Shopping, como Expand, Varanda e Ville Du Vin. A partir do dia 07 de abril, o espaço contará também com degustações diárias. As sessões acontecerão sempre das 19h30 às 20h30 sob o comando dos sommeliers de cada uma das lojas e as inscrições devem ser feitas previamente no site do Shopping".

Vinho & Moda Shopping Vila Olímpia

Data: de 5 de Abril a 1 de Maio

Horário de funcionamento do shopping: de segunda a sábado, das 10h às 22h, aos domingos e feriados, das 14h às 20h

Local: 1º piso

Endereço: Rua Olimpíadas, 360 (próximo à rua Funchal) – Vila Olímpia

Informações:

11 3047-6001


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Harmonizar é fácil, mas é preciso prática.


Meninos e meninas,

Falo muito em harmonizações enogastronomicas, afinal esta é minha atividade favorita dentro do universo dos vinhos e gastronomia.

O ato de degustar melhor, tanto a gastronomia quanto o vinho é uma arte que se aprende em pleno exercício prazeroso, conquanto tenhamos algumas regrinhas básicas, sempre deve prevalecer o gosto pessoal.

Para harmonizarmos sobremesas, devemos primeiro saber que estas devem ser menos doces que os vinhos, pois se isto não ocorrer, dificilmente teremos êxito.

Vinhos de sobremesa são os que contêm uma quantidade grande de açúcar residual, normalmente acima dos 50 ou 60 gr/l.

Há vinhos ditos de sobremesa de advindos de várias vinificações diferentes, desde os Late Harvest, onde se utilizam as uvas quase passas, secas no pé, isto devido à tardia colheita, até os que são fortificados, ou seja, são adicionada na vinificação aguardente vínica, que faz com que a fermentação alcoólica pare sem terem as leveduras, consumido todos os açúcares, por isto mesmo, tornam-se mais doces, passndo também pelos espumantes.

Para as harmonizações com bolos, tortas, frutas e sorvetes, até que há algumas mais opções de vinhos, desde os mais frescos e gasosos como os espumantes tipo Asti ou Moscatel, passando-se pelos colheitas tardias, até os mais complexos dos fortificados.

Mas quando encaramos uma sobremesa onde o chocolate sobressaia, então precisamos tomar mais cuidados, pois estes quase que impermeabilizam o palato, em virtude da gordura neles contida. Ficam bem com vinhos do Porto Ruby, LBV, Vintage e com alguns Tawnys.

Também vão muito bem com os famosos licores de Tannat uruguaios.

Que tal começarmos a experimentar as sensações de termos uma sobremesa harmonizada com vinhos?

Na foto, uma sobremesa à base de sorvete de baunilha, com calda de chocolate, morango e uma massa folhada com mel, que ficou ótima tanto com um Porto Tawny( a taça da direita), quanto com um Porto LBV.

Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quando devemos parar e só ficar olhando a criação divina!


Meninos e meninas,

Começo esta postagem dizendo que todos nós, eu em especial, deveríamos saber a hora de dar aquela paradinha básica para descansar e desligar do cotidiano.

Não é fácil, ao menos no meu caso, que trabalho com o lúdico do bom comer e bem beber, mas é necessário.

Minha eficiente e linda amiga Reila, assessora das mais competentes sempre me avisa das melhores chances para esta parada estratégica, e desta vez, pude atender ao chamado e logo depois de minha viagem ao Chile, onde estivemos visitando a belíssima Viña Ventisquero, me entreguei ao quase “dolce far niente”, claro que não consegui parar totalmente.

Conheci um casal que coloca sua propriedade à disposição de pouquíssimos hospedes, na verdade uma forma de uma família recém constituída, tal a relação de amizade e descontração entre as partes.

Marisa e Luis, Luis e Marisa, pronto, entreguei os responsáveis! Moram na aprazível Santo Antonio dos Pinhal, poucos quilômetros antes de Campos do Jordão, no estado de São Paulo, e como a idéia original era a aposentadoria da cidade grande, quando adquiriram a propriedade, hoje a Ville Sans Souci Chalets, era para seu uso e dos familiares.

Começaram com uma edificação, mas logo vem uma casal de amigos e, mais uma edificação completa, e assim até chegar ao número de 5 chalés, todos completos das delicadezas e mimos do casal, que não passam desapercebidos pelos mais desligados dos ocupantes. Não é só no chalé que se vê o toque pessoal, em todas as áreas é a mesma dedicação carinhosa e detalhista, até as plantas parecem sorrir e brilham de tão verdes e viçosas.

Parar e se extasiar com alguns momentos de contemplação da natureza, seja da varanda, seja da sala de descanso ou do café, como diria aquele famoso comercial: NÃO TEM PREÇO! Barulho? Além do chilrear dos muitos pássaros só o da cortadeira de grama do vizinho, que aproveita os finais de semana quando lá está, para aparar a grama do quintal, que para nós é um simples assobio, mas que para o Luis, parecem ser as barulhentas turbinas de um Boing.

Descrever em palavras, nem que fosse eu um poeta ou trovador reconhecido, há de se ver e sentir de perto esta experiência.

Sabendo que escrevo sobre enogastronomia, encontrei no quarto, para aquecer o corpo e a alma, um maravilhoso Merlot Reseva da Boscato, sabe das coisas este casal de novos amigos... Depois falarei também da acolhida generosa e simpática da Chef Anouk e seu marido no Donna Pinha, responsáveis por mais alguns quilinhos nesta minha figura esguia como a de um toureiro!

Marisa, Luis -TFA

Ville Sans Souci Chalets

Estada do Machadinho, Km 4,2

12 3666-1252

11 9512-7593


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 13 de abril de 2011

SOS JAPÃO-JANTAR DO BEM

Meninas e meninos,

Faz algum tempo que temos visto a enogastronomia interagir com as mazelas e buscar as soluções para os problemas que afligem a humanidade.

Isto torna esta atividade e as pessoas envolvidas muito mais próximas, pelo carinho, pela vontade de ajudar, pelo amor ao seu semelhante, e claro, ajudam a difundir e tornar habitual, as boas práticas da enogastronomia.

Vinte e dois dos maiores chefs do Brasil se reuniram para fazer um super jantar cuja renda será revertida para as vítimas do terremoto e tsunami do Japão. É no próximo domingo, dia 17 de Abril, e além disso, acontecerá um leilão com uma obra da Tomie Othake.

Conto com o apoio de vocês.

SOS JAPÃO-

ENTIDADES JAPONESAS CRIAM INICIATIVA EM PROL DAS VÍTIMAS DO TERREMOTO E TSUNAMI.

Com três eventos já confirmados, campanha tem como objetivo arrecadar mais de R$ 500 mil para o Japão. Sensibilizados com a catástrofe que aconteceu no Japão e que matou cerca de 10 mil pessoas e deixou cerca de 17 mil desaparecidos, seis entidades japonesas sediadas no Brasil - Bunkyo, Kenren, Kodomo no Sono, Kibo No Iê, Ikoi No Sono e Consulado Geral do Japão - estão promovendo uma campanha para ajudar as vítimas da tragédia que atingiu o país no último dia 11 de março. A iniciativa, batizada de SOS JAPÃO, já tem três eventos confirmados e outros dois em planejamento, todos com a renda revertida para as vítimas.

No dia 17 de abril, 22 dos melhores chefs do Brasil se reúnem para preparar um jantar inesquecível no Hotel Unique, em São Paulo. São eles:

Adriano Kanashiro, Bel Coelho, Bella Manzano, Claude e Thomas Troisgros, Emmanuel Bassoleil, Erick Jacquin, Felipe Bronze, Helena Rizzo e Daniel Redondo, Jefferson Rueda e Janaína, Jun Sakamoto, Laurent Suaudeau, Mazzô França Pinto, Morena Leite, Murakami, Roberta Sudbrack, Rodrigo Oliveira, Rodrigo Queiroz, Salvatore Loi e Shin Koike.

Divididos em cinco times, os cozinheiros prepararão um jantar composto por pratos : uma entrada contemporânea, um prato japonês, um italiano, um brasileiro e a sobremesa, francesa. Uma obra da renomada artista plástica Tomie Ohtake será leiloada no final da noite. Os convites estão à venda nos restaurantes DOM (11-3088-0761), Dui (11 - 2649-7952), Jun Sakamoto (11-3088-6019), Kinoshita (11- 3849-6940), Maní (11-30854148), Tre Bicchieri (11- 3885-4004) e no Hotel Unique (11-3055-4700), e custam R$ 500,00 por pessoa (pagamento em dinheiro ou cheque) . Os cachês de todos os envolvidos no SOS JAPÃO bem como os espaços para a realização dos eventos foram cedidos em benefício da campanha. 17 de Abril- 19:30hs Hotel Unique

Cardápio:

Entrada (por chefs contemporâneos) .

Ceviche de Vieiras com Ar de Leite de Castanha do Pará e Azeite de Capim Santo

Peixe: (por chefs japoneses)

Tofu de Gergelim com Ovas de Salmão Marinado no Limão Yuzu)

Massa: (por chefs Italianos)

Gnhocchi de Batata ao Molho de Tomate San Marzano e Queijo Pecorino Trufado

Carne: (por chefs brasileiros)

Costela Suína Desossada com Canjiquinha e Quiabo

Sobremesa (por chefs franceses)

Mil Folhas de Baunilha, Creme de Pistache e Mousse de Gianduia

Preço: R$ 500,00 por pessoa

Lugares: 500

Vamos dar uma força?

Quem quiser reservar, por favor procure Fernanda Fonseca

ProPop Comunicação e Mkt

Tel: 011 99740219


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 12 de abril de 2011

Cave Wines apresenta a linha Canepa


Meninas e meninos,

De volta às postagens, depois de um tempinho ausente em virtude de afazeres fora do Brasil, afazeres estes, claro, ligados aos vinhos e à gastronomia, e que me tomaram algum tempo e me distanciaram um pouco dos leitores deste veículo, vou correr atrás do tempo, e tentar postar tudo com a maior brevidade.

Começo com a degustação e almoço que os amigos Cláudio Schleder, um exemplo de múltiplos fazeres e saberes, e sua ajudante de ordens, Danielle Vieira organizaram para que a Cave Wines, a nova importadora dos vinhos Canepa, cujo diretor e também amigo André Maculan, nos proporcionou, jornalistas especializados e este que vos escreve.

Em 1914 o italiano Giuseppe Canepa sai da Itália procurando novos horizontes no Chile e já em 1930, Jose Canepa Vaccarezza funda a primeira bodega Canepa em Valparaíso.

Com a linha Finíssimo ganha vários prêmios e já em 1990 seu primeiro exemplar do rótulo Magnificvum, seu vinho ícone vai ao mercado.

Desde 2007 a parceria com a Conha Y Toro, numa aliança estratégica bem feita, propiciou o crescimento ainda mais significativo da linha Canepa, acrescentando novas cepas aos rótulos Genovino.

O enólogo Chefe Javier Solari, muito conhecido e conceituado, tem feito um trabalho de aprimoramento em toda a linha de vinhos da empresa. Degustamos os vinhos, não necessariamente nesta ordem.

-Finísimo Sauvignon Blanc leve e frutado, algo mineral cítrico, até parece ter passado um leve tempo em madeira, devido seu amanteigado.

-Reserva Sauvignon Blanc

-Reserva Pinot Grigio, leve e fresco como convém aos vinhos desta cepa, bom para degustar sem preocupações e com entradinhas e petiscos leves.

-Magnificvm Cabernet Sauvignon, top de linha tem corte de 97% Cab Sauvig e 3% Cab Franc, passando por barricas francesas por 18 meses, equilibrado em acidez e álcool (14,5%), lembra o chocolate, frutas maduras, um toque de café.

-Genovino Carignan, muito bom, passa por 14 meses em madeira, com 14,5% de álcool conserva sua maciez e equilíbrio, sutil floral e boa persistência em boca.

-Finíssimo Cabernet Sauvignon, corte de 85% Cab Sauvig e 15% Syrah, que o deixa mais achocolatado, passa 14 meses por madeira apresenta-se com especiarias, devido à Syrah, muito bom com as morcillas, que são bem temperadas e com especiarias.

-Reserva Cabernet Sauvignon, corte de 90% Cab Sauvig e 10% Carmenere, passa 8 meses em madeira, bom para acompanhar carnes brazeadas.

Deixei o Reserva Carmenere por último por ter sido o que mais me agradou no todo, também levando em conta seu preço da ordem de R$45,00.

Corte de 85% Carmenere e 15% Cab Sauvig, passa 8 meses em madeira, frutas maduras, algo de cogumelos, sutil mentolado, equilibrado em seus 13,5% de álcool e taninos, que aparecem, mas macios, ideal para carnes vermelhas em geral, em cocções com molhos ou só assadas e brazeadas. Como é muito variado em seu espectro olfativo, experimentei com morcillas, e ficou ótimo, assim como o Finíssimo Cab Sauvignon.

Canepa Winery


Cave Wines


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 8 de abril de 2011

DRINKS ENVELHECIDOS EM BARRIL DE CARVALHO, ALGUÉM JÁ TINHA PENSADO?


Meninas e meninos,

MyNY BAR LANÇA INÉDITA COLEÇÃO " Barrel Aged Cocktails

Estive a convite do empresário Daniel Fialdini, convite este feito através da sempre competente e bela assessora de imprensa, Anice Aun, para conhecer o MyNY Bar.

Como se pronuncia foi a primeira pergunta que fiz ao Daniel ? Este explicou que de qualquer jeito estará certo.

My New York Bar por exemplo, Mini Bar, outro exemplo, e por aí afora.

Quando o nosso lado empírico da tentativa e erro, e posiciona e se transforma em acerto, surgem as novas idéias, e este Bar, tem além da qualidade e esmero no que faz, desde a decoração, até o som, uma nova maneira de olhar para os drinks clássicos que é envelhecendo-os em barril por 6 semanas.

"Barrel Aged Cocktails" será uma nova versão de drinks clássicos que agora serão preparados com Bourbon envelhecido em barril de carvalho americano. Os barris são comprados virgens e recebem o Bourbon por 4 semanas para que a madeira concentre o Whiskey (este processo é realizado apenas uma vez). Após este período o Bourbon é retirado do barril e o drink é então produzido (sem gelo) e descansa por 6 semanas no mesmo barril até estar pronto para consumo. “Esta nova tendência diz Daniel, é ainda novidade, mesmo em Nova Yorque, de onde trouxe a idéia. Inicialmente prepararemos dois drinks clássicos nos primeiros lotes sendo o primeiro o Old Fashioned - base de Bourbon - que já estará pronto em meados de março e o Manhattan - base de Whiskey Canadense - em inicio de abril.

Todo mês serão produzidos somente 5 litros de cada drink". Este e outros drinks ficam à cargo do barman Marcelo Serrano, jovem estudioso e competente na arte da coquetelaria, que revela que o resultado é igualmente interessante com o envelhecimento do gim.

É o caso do drink Negroni que também estará pronto para consumo em início de abril.

"Vamos selecionar drinks clássicos que não levam frutas e nem ingredientes que possam interferir no envelhecimento correto do coquetel, e a intenção é que a coleção seja um diferencial na carta permanente do MyNY Bar", diz Serrano.

Comidinhas muito interessantes, ambiente legal e moderno, seus mini hambúrgueres são qualquer coisa de especial.

Eu já aviso que entre os drinks experimentados, sempre se comparando o tradicional e o envelhecido, alguns preferi o tradicional em boca, mas não no olfato, outros preferi no olfato, mas não em boca, mas um, este sim ganhou em todos os quesitos, e volto a dizer, segundo minha avaliação: Old Fashioned, que vem com gelo esférico que contem uma casquinha de laranja dentro dele, muito bacana.

Os drinks da especial coleção "Barrel Aged Cocktails" terão o preço único de R$ 26,00.

MYNY BAR

Rua Pedroso Alvarenga, 1285 - Itaim Bibi - São Paulo. Tel: (11) 3071-1166.

Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Santo Antonio do Pinhal


Meninas e meninos,

Estou no Chile e daqui vôo direto para Santo Antônio do Pinhal, São Paulo, onde as lindas meninas, da Anagrama, me esperam para me levar a conhecer a culinária dos restaurantes Dona Pinha e Santa Truta, e as belas pousadas.

Visitar a cidade que fica perto de Campos do Jordão, e que é ótima pedida para a quaresma e feriados de Páscoa, bem pertinho da capital, além de degustar boa gastronomia, quem não gosta? Vejam release nas fotos.

Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

Encontro de blogueiros discute sobre liberdade


Meninas e meninos,

O Chateaux Grand Bert 1982 Saint Emilion Philippe Lavigne o Bordeaux que degustamos no nosso encontro de blogueiros na loja do amigo João a Vino & Sapore, foi elaborado com 85% de Merlot e 15% Cabernet Franc. Passou 12 meses em barrica e fermentado também em barrica, pois não usavam cubas de inox ainda.

Falei dele por ter sido o decano das safras apresentadas, sem demérito ao gosto e variedade dos outros rótulos, mas poderia ter falado de muitos outros, pois como sempre se comenta, encontros de loucos de amor por vinhos, não se pode falar sem que as estrelas, os vinhos estejam presentes.

Outras tantas belezas em vinhos, que mais se realçaram pelo próprio brilho do encontro, um encontro de amigos verdadeiros estavam presentes.

Como é possível isto, vindo de pessoas que mal se conheciam e ainda pouco se conhecem? Bem, a sorte esteve todo o tempo de nosso lado, e mais, a integridade e ética das pessoas que compõem o Enoblogs, célula mãe desta turma.

O motivo de nos reunirmos, além do prazer em degustar belos vinhos em companhia de pessoas que falam, escrevem e vivem os vinhos das mais variadas formas, foi a idéia central de podermos ouvir as opiniões de todos sobre o processo de criação e adesão dos blogueiros em atividades comerciais que possam alavancar patrocínios e custear os blogs.

Conclusão genial é de que o blog é um instrumento liberto de amarras, mas não da ética e moral, e que estas, não se discutem, ou as temos dentro dos padrões vigentes, ou não as temos e basta. Livres somos e seremos, mas, sempre temos um más, necessitamos deixar claras nossas linhas de pensar para nossos leitores, e eles serão nossos críticos e sensores maiores.

Mas creio que a soma de tudo, e que todos puderam falar, é sobre suas definições, sendo que a amizade que nos uniu, deverá ser a maior linha mestra de nossas publicações, o respeito, já que nos linkamos com os blogs que mais nos identificamos, e daí por diante, talvez ao trocarmos opiniões, respeitosas e edificantes, possamos ir construindo o que todos nós já antevemos e o mercado com certeza viu, vê e já está se manifestando.

Quem poderia imaginar há alguns anos que uma turma louca por vinhos, uns sabendo muito, outros quase nada, eles mesmos confessos e sem que isto os desmereça em suas considerações, mas igualmente loucos de amor pelos vinhos, se uniriam, e com isto, chamaria a atenção dos anunciantes, dos mídias das agências e de industrias afins ao mundo dos vinhos?

Estamos vencendo barreiras com nossa nova maneira de comunicação, de escrever sobre os assuntos que nos apaixonam, e claro, são também, o motivo que nos torna alvo de oportunidades comerciais.

Paulo Queiroz, do blog Nosso Vinho tem razão: Beba, mas sempre sabendo o que faz, com moderação e nunca dirija depois de beber.

Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ESPORÃO LANÇA VINÍCOLA QUINTA DOS MURÇAS


Meninas e meninos,

Semana passada, estive em uma apresentação muito bacana e diferente, pois não só os vinhos foram as estrelas, mas também um filme sobre eles e a vinícola participaram da festa.

No coração do Douro, um novo olhar sobre a região.

Adquirida em 2008, a Quinta dos Murças, com suas instalações e vinhedos, não poderia ficar aquém das exigências do grupo Esporão, sabe disso quem conhece o grupo e seus produtos.

Lançaram 3 vinhos inicialmente, inclusive um Porto Tawny 10, aproveitando os belos vinhos que se encontravam nas barricas amadurecendo.

Para inicio de conversa fomos recebidos com o espumante rosado Herdade do Esporão, um método clássico envolvente e muito bom, eu ao menos não o conhecia, só havia degustado o branco.

Mas falando dos lançamentos, o que gostei muito, até porque sua relação preço x qualidade é muito boa, tem o rótulo de Assobio 2009, uvas advindas de uma encosta da nova propriedade, encosta que, aliás, tem a maior cota de elevação dentro da área.

Ótimo no olfato, bem frutado e floral, equilibrado com a madeira que não aparece muito, boa acidez, taninos presentes sem incomodar, longo em boca, confirma as frutas e aparecem algo de especiarias.

Vejam mais:


A Quinta dos Murças, localizada na região do Douro, é propriedade do Esporão desde 2008. Suas vinhas, classificadas com a letra A, representam a qualidade mais elevada, e ocupam 60 hectares dos 156 hectares que compõem a propriedade, onde se encontram também um olival e um laranjal.

Conhecida desde 1714, a Quinta integra um patrimônio edificado de valor histórico e com elevado potencial enoturístico.

Nos solos de cascalho xistoso estão plantadas cerca de 300 mil videiras com idades que atingem 80 anos, com diversas exposições solares e altitudes, permitindo aos enólogos grande flexibilidade na produção dos vinhos.

Grande parte delas estão “ao alto”, metodologia aplicada de forma pioneira na Quinta e na região, em 1955.

Além disso, outras inovações caracterizam a Quinta dos Murças: o método de plantação das vinhas permite a não utilização de herbicidas, o paisagismo ajuda a controlar eventuais pragas, a água das minas é usada para controlar a temperatura das áreas de estocagem na adega, os vinhos amadurecem em diferentes tipos de barricas, incluindo a de carvalho português, e usam rolhas de cortiça com certificação florestal FSC.

Nas vinhas velhas há uma grande variedade e mistura de castas e nas restantes vinhas os principais tipos são: Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinta Amarela, Tinto Cão, Touriga Franca, Tinta Francisca e Touriga Nacional.

Quinta dos Murças Os Vinhos:

Para contribuir com o grande potencial da região em que está localizada, a nova vinícola apresenta os vinhos Assobio 2009, Reserva 2008 e Tawny 10 anos. Os vinhos da Quinta dos Murças são importados exclusivamente pela Qualimpor e podem ser encontrados em lojas especializadas, supermercados e restaurantes.

Assobio 2009

Elaborado a partir das castas nativas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, provenientes de solos xistosos da região, o Assobio 2009 estagiou em barricas de carvalho antes de ser engarrafado em novembro de 2010. A colheita de 2009 é a primeira a ser engarrafada com a marca Assobio, nome de uma encosta da propriedade, onde se encontram as vinhas de maior altitude.

Preço sugerido: R$ 57,00

Reserva 2008

Produzido a partir de vinhas velhas a 100 metros e 380 metros de altitude, em solos xistosos, respeita a natureza, seguindo uma agricultura sustentável. As uvas foram escolhidas manualmente, pisadas a pé em lagares de granito e prensadas em antiga prensa vertical. Estagiou em barricas de carvalho e foi engarrafado em fevereiro de 2010.

Preço sugerido: R$ 180,00

Tawny 10 Anos

Devido ao microclima fresco, Covelinhas tem tradição na produção de tawnies de grande qualidade. Esse vinho é o exemplo do prestígio acumulado nos portos envelhecidos em madeira. Produzido com uvas de qualidade superior, é elegante, denso, de acidez equilibrada e com boas notas de frutas. As uvas foram pisadas pelo tradicional processo de “pisa a pé”, e no terceiro dia nos lagares foi adicionada aguardente vínica. Os lotes envelheceram em pipas usadas, por um período médio de 10 anos.

Preço sugerido: R$ 185,00

QUALIMPOR – importação e exportação:

SAC: 0800-7024492

Rua Antônio das Chagas, 529 – Brooklin


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

sábado, 2 de abril de 2011

Degustação de vinhos do grupo Matarromera


Meninas e meninos,

Faz alguns dias, estive como convidado da Grand Cru, para uma degustação com os vinhos do Grupo Matarromera, da Espanha.

A degustação se deu na loja da Ione Fiuza, antiga conhecida minha, e que hoje é franqueada Grand Cru, com uma loja linda e de muito bom gosto.

A apresentação dos vinhos foi feita pelos representantes da Matarromera que lá estavam, Remi Sanz, diretor de comunicação e Gabriel Martinez do departamento de exportação para a área da América do Sul, claro que também não faltaram a eficiente e linda Camila Perossi, responsável pela assessoria de imprensa e o amigo Nicolás Torres, que só pelo sobrenome já indica o quanto entende e gosta dos vinhos, e que faz o marketing de relacionamento.

Passando aos vinhos, degustamos da Bodega Emina, em bajo Duero, onde funciona um moderníssimo centro de estudos vitivinícolas, que recebe ao menos 30% de todo o faturamento do grupo para investimentos em estudos:

-Emina Verdejo 2009, com aromas frutados, algo herbáceo, confirmados em boca, com boa acidez, persistência média, bom para entradas, petiscos, tapas e peixes e frutos do mar.

-Emina Prestígio 2006, da uva Tempranillo, lá chamada de Tinta del País, com passagem por barris de carvalho francês de tostagem media por 16 meses, e que não indicava a idade que tinha por seu visual.

Com 14,5% de álcool, equilibrado com os taninos e acidez, esta, aliás, muito presente, trouxe aromas de frutas maduras, um floral lembrando a mel, e muitas especiarias como cravo, noz-moscada, canela.

Em boca se sobressaiam em primeiro plano as ameixas pretas em conserva, bons taninos, ainda presentes e acidez muito boa. Ótimo para preparações de caças, carnes vermelhas grelhadas, cordeiro.

Já da Bodegas Matarromera, também D.O Ribera del Duero, degustamos dois vinhos:

-Matarromera Crianza 2007 - 100% Tempranillo, 12 meses de passagem por barris de carvalho americano, com frutados, algo do tostado e fumo, café, em boca confirmados, e mais um certo doce. Muito boa acidez, taninos ainda aparecem, mas sedosos, bom para gastronomia, com carnes e molhos.

-Matarromera Reserva 2005 - 100% Tempranillo, este com 16 meses de madeira, muito elegante e equilibrado, frutas e especiarias, ameixas e cerejas em boca. Café, chocolates, após algum tempo aparecem, e sutil floral.

Bem longo em persistência, este vinho agrada em cheio, ótimo para as caças, carnes mais robustas mas sem preparações com molhos, pois a meu ver, estes poderiam sobrepor-se ao delicado deste vinho em equilíbrio.

Foi o meu vinho preferido do painel, e que depois, o Remi disse ter sido o vinho servido nas bodas do casal de príncipes faz alguns anos.

Além de alguns bons amigos que também lá estavam, não posso deixar de mencionar que vi e abracei o casal de amigos Bebel Baeta e Sebastian Puglia, que fazia tempo não via.

Pena que tive que sair correndo por um motivo muito prosaico, mas imperativo: era dia de meu rodízio e o horário estava quase na bandeirada final.

Grand Cru


Grand Cru- filial Jardim Paulista

Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 3780 Jardim Paulista - São Paulo SP

11 3051-3731


Até o próximo brinde!


Ákvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Laura Basílio, a futura chef muito especial!

Meninas e meninos, Creio que possa dizer que estou mais feliz desde que recebi esta notícia, que meus amigos Márcio Jober e Simone me mandaram. Uma das coisas que nos tornam irmãos é exercitar nossa capacidade de nos relacionarmos uns com os outros. Todos nós, cada um a seu jeito, é cópia divina de sabedoria, basta que não nos esqueçamos disso. Eu, que à minha maneira, sempre que posso, tento exercitar o meu lado fraternal, fico cheio de orgulho e paz interior, quando recebo notícias como esta que repasso agora, neste espaço, que antes de tudo, serviu, serve e sempre servirá para comentar, que as diferenças fazem parte de nossas vidas, e o mais belo é que aprendamos a conviver com elas. Laura, guerreira, minha linda menina linda, mostre-nos que os do lado de cá, muitas das vezes inertes e frios, precisamos muito e rápido aprender com vocês que em nada são frios e inertes. Conte sempre comigo! "Era uma vez um cara do bem, que por anos da sua vida vem dedicando algumas horas dos seus dias para pessoas que precisam de um pouquinho de atenção, de motivação, de pessoas que precisam acreditar que elas PODEM SIM, e MUITO! Esse cara do bem, depois de onze anos dedicados à pessoas com Down, recebeu a notícia que seu maior presente havia chegado. Laura!!!!!! Laura é uma garota down incrível, cheia de vida, de atitude, de felicidade! Também.....pudera! Com um paizão todo do bem!!!! Só poderia ter dado nisso. Laura me contou que seu pai disse que ela foi um anjo que caiu do céu na vida dele, mas, Laura diz que não é verdade. Disse que ele é que é um anjo que caiu na vida dela! Seu pai acreditou, apoiou, motivou, incentivou, deu-lhe todas as ferramentas necessárias para que Laura pudesse se formar no ensino médio. E mais, entrar numa FACULDADE!!! É isso mesmo, numa faculdade. MÉRITO PRÓPRIO. Não pensem que entrou porque ela é bonitinha e simpática, não. Fez prova, teve que provar que tem capacidade. E provou!!! Há muitas Lauras dentro de cada Down e cabe a nós pais, sermos um pouquinho desse “cara do bem” que eu falei, motivando nossos filhos, fazendo com que eles tornem-se cada vez mais, capazes de andarem com as próprias pernas e fazer aflorar a capacidade que existe dentro deles. Parabéns querida Laura. Estamos orgulhosos de você! " Laura Basílio – 20 anos – 1ª. Pessoa com síndrome de Down a cursar Faculdade de Gastronomia na Hotec - SP. Vejam estas e muitas outras estórias de sucesso no projeto Chefs Especiais. Chefs Especiais http://www.chefsespeciais.org/ http://www.chefsespeciais.blogspot.com/ Até o próximo brinde! Álvaro Cézar Galvão