quinta-feira, 31 de março de 2011

Dunamis Vinhos e Vinhedos apresenta o Ser 2010, corte de Sauvig Blanc e Chardonnay


Meninas e meninos,

Faz algum tempo que recebi para degustar, os vinhos da Dunamis, uma empresa bem nova no campo da vitivinicultura, situada na ótima região da Campanha Gaúcha, mais precisamente em Dom Pedrito.

Nova, porém cercada de toda a excelência, em tecnologia e em material humano.

Como ainda não há a distribuição destes vinhos para São Paulo, esperei algum tempo para publicar minhas impressões sobre o Ser, aliás, lote 001, o outro vinho, o Cor, corte de Cabernet Sauvig e Merlot, fica para depois.

Cor bem clara, um palha, brilhante e límpido, e ao menos nesta amostra degustada, um toque de gás, as famosas agulhinhas, que sumiram em pouco tempo, não sem antes eu degustar, para ver em boca como se comportavam, e elas sempre ajudam na acidez, pois impressionam as papilas. Aromas mais florais que frutados, apesar dos cítricos evidentes. Sutil mineral, em boca confirma florais(mel) certa baunilha( não obtive a certeza de passagem por madeira, ao menos do Chardonnay, que é mais usual), corpo médio a leve, persistência boa e com boa acidez.

As bolhinhas somem rapidamente com o descanso em taça, e o mineral, em maior evidencia, vem acompanhado de toques herbáceos, os cítricos continuam comportados, o floral permanece dando até a sensação de certo dulçor na ponta da língua, 11,5% de álcool; ALVISSÁRAS, que bom encontrar um vinho menos alcoólico!

Bom para entradas e canapés, peixes mais delicados, massas com molhos comportados à base de lácteos.

Como sempre faço quando degusto, mesmo sem saber como seria o vinho, mas pensando nas uvas que o compõe, aproveitei e fiz uma massa com camarões e salmão ao alho e óleo, sem exagerar no alho e no azeite, já que o álcool e bem comportado.

Ficou muito bom, acreditem.

Sou admirador dos vinhos Brasileiros, estão crescendo em qualidade, e creio que daqui por diante, vamos ouvir falar muito nesta nova vinícola, pois para os vinhos, o mercado de São Paulo é muito importante, e em breve espero ter os vinhos Dunamis circulando por aqui, quem sabe até com um Tannat, que se dá muito bem na Campanha.

Dunamis Vinhos e Vinhedos


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 30 de março de 2011

Cerveja Paulistânia com Pão de Açúcar dá samba!


Meninas e meninos,

Desde minha postagem sobre a visita que fiz à fabrica da Casa di Conti-Contini, que faz a cerveja Paulistânia, que aguardava este momento, que, aliás, motivou a própria visita:

O lançamento em parceria com o Grupo Pão de Açúcar, de uma série da Paulistânia, com o rótulo alusivo ao supermercado, cujo rótulo estampa a foto da fachada da primeira loja, ainda doceria, na capital paulista.

E, eu, apreciador de tudo aquilo que nos proporcione prazer, como, aliás, diz meu blog, precisava dividir esta notícia com meus leitores que gostam de boas bebidas.

Quem sabe, a indústria vinícola não se prepara para escalar também o Pão de Açúcar em ação semelhante?

Vejam release:


É a primeira vez que a rede faz uma ação com uma cervejaria no lançamento de rótulos temáticos.

O Pão de Açúcar fechou parceria com a Bier & Wein Importadora (Emcomex Ltda.) para a produção de uma edição especial da cerveja Paulistânia que traz no rótulo imagens da história da rede em São Paulo. Em uma delas, fotografada em 1948, é possível ver o primeiro carro de entrega, revelando o foco em serviços e atendimento ao consumidor.

O segundo rótulo mostra a fachada da primeira loja Pão de Açúcar, localizada na Av. Brigadeiro Luiz Antônio, em São Paulo (SP), no ano de 1952, onde até hoje a empresa mantém uma unidade da rede, a loja 01.

Os clientes poderão adquirir essa edição especial no final de março nas lojas Pão de Açúcar do Estado de São Paulo. “A história da companhia teve início na capital paulista e, poder traduzir isso, é motivo de muita alegria”, comemora Fábio Rodrigues, Gerente Comercial de Cervejas do Pão de Açúcar.

A Paulistânia é uma linha de cervejas Premium puro malte, que transformou seus rótulos em um meio inédito de disseminação cultural ao ilustrá-los com fotos.

A primeira edição da Paulistânia clara apresentou 12 imagens antigas de São Paulo e que nos fazem relembrar, reviver e repensar a vida na cidade.

Uma forma de celebrar as tradições e a diversidade comum a todas as metrópoles, do Brasil e do mundo. Para a próxima edição, uma nova seleção de 12 fotos, desta vez de estados brasileiros, fará uma homenagem às cidades e povos que fazem de São Paulo a cidade de todos.

A Paulistânia é um produto que cativa o paladar e o coração. Uma marca que interage e está próxima ao consumidor, prezando sempre por qualidade, cultura e informação.

E essa estratégia tem grande sinergia com a filosofia do Pão de Açúcar.

Essa é a primeira vez que a rede faz uma ação com uma cervejaria no lançamento de rótulos temáticos. A expectativa é um aumento de vendas dessa cerveja em 40%.

Fábio Rodrigues espera que o produto chame a atenção dos colecionadores e apreciadores das cervejas especiais, segmento que cresceu 120% em vendas entre 2009 e 2010 no Pão de Açúcar. Hoje, a rede disponibiliza 90 rótulos de cervejas dessa categoria. O Pão de Açúcar realiza diversas ações culturais na cidade, como a tradicional Maratona Pão de Açúcar (que está em sua 18ª edição) e a Corrida Pão de Açúcar Kids. Além disso, presenteou São Paulo com a Fonte Multimídia do Parque do Ibirapuera, onde realiza há seis anos consecutivos o patrocínio da Festa de Natal. Atualmente, a rede possui 99 lojas no Estado de São Paulo. Sobre o Pão de Açúcar Supermercado de vizinhança, que prima pela variedade e qualidade em produtos e serviços. Com 149 lojas distribuídas em nove estados brasileiros, o Pão de Açúcar caracteriza-se pela ampla oferta de soluções e pioneirismos lançados ao longo da história do varejo brasileiro.


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 29 de março de 2011

Pérez Cruz, vinícola Chilena de Maipo Alto, faz vertical de seu vinho top Liguai.


Meninas e meninos,

Estive a convite dos amigos da abflug, aquela importadora que se escreve com letras minúsculas, mas tem vinhos maiúsculos em seu portifólio, para uma degustação vertical de safras de um dos vinhos top da Viña Pérez Cruz.

Esta vinícola, quando seus vinhos eram trazidos por outra importadora, já foi tema de minha postagem, e também participou da organização o André Rossi, o Deco, com sua Winet.

Mas o que vem a ser uma degustação vertical? Esta modalidade já foi tema de uma matéria minha na revista Gourmet & Food Service, e também neste foro, mas não custa delinear outra vez, visto que aprendizado é isto mesmo.

Quando nos propomos a fazer uma degustação, existem várias maneiras de conduzi-las, e as mais comuns são, a saber:

-Degustar simplesmente, mantendo uma ordem que vai dos vinhos mais frescos e joviais, aos de maior opulência e corpo. Há quem não se importe com esta ordem.

-Degustar vinhos vinificados com uma única cepa de uvas, por exemplo, só Cab.Sauvignons. Dentro desta, podemos dividir das mais diversas maneiras, como só vinhos do Novo Mundo, Velho Mundo, dos dois mundos, do outro mundo....

-Degustação às cegas, quando qualquer uma destas e outras mais que se queira, são degustadas sem os provadores saberem quais são e quais safras são.

-Degustação vertical, quando temos várias safras de um mesmo vinho, mesmo que seus cortes sejam diferentes safra a safra. No nosso caso, provamos o Liguai, que sempre leva um corte de Syrah, Carmenère e Cabernet Sauvignon, onde a maior parte deve ser de Syrah, depois de Cab Sauvignon e depois de Carmenère, que tende à ser mais ou menos sempre igual, variando pouco, mas que sempre dependerá das condições que aquela safra impuser às cepas, chegando mesmo à não se vinificar em alguns anos, quando as condições mínimas exigidas pelo enólogo não forem atingidas, em uma ou mais das variedades usadas, como foi o caso da safra de 2004.

Para se ter uma idéia, o enólogo da Pérez Cruz, o Germán Lyon, nos disse que em média cada pé de parreira irá proporcionar apenas uma garrafa de Liguai, o que representa uma produção muito baixa, por isso de excelência, com aproximadamente 2000 litros/há.

Provamos as safras de 2002; 2003; 2005; 2006; 2007 e 2008, todas, com exceção da safra 2006, que tem mais Carmenère, levam “em torno” de 45-40% Syrah; 35-30% Cab Sauvignon; 25-20% Carmenère.

Antes de começar com minhas impressões, devo dizer que a degustação ocorreu no restaurante Pobre Juan, do amigo Luizinho Marsaioli.

Safras todas muito iguais, ao meu paladar, com ligeiras nuances diferentes, taninos todos eles, dos mais antigos aos mais novos, totalmente equilibrados e macios.

2002-especiarias diversas no olfato, álcool aparecendo um pouco quando chegou, depois de acomoda, boca quente e macia, frutas e especiarias, abrindo uma bala de café com o tempo em taça.Ninguém diz que este vinho tenha já 10 anos praticamente.

2003-Repete o anterior, mas realça para mim os doces de tacho, a marmelada, e sutil charcutaria, que desaparece com o tempo.

2005-Chocolate, café, cerejas ao marasquino, “doce” no nariz, super equilibrado em boca, álcool e acides impecáveis. Para mim, e para a maioria, por votação, o mais agradável do painel.

2006-Este tem uma quantidade maior de Carmenère, em torno dos 40% , restando 20% para Cab Sauvignon e 40% para a Syrah. Macio, frutado no nariz e na boca, chocolate e café tostado, toques herbáceos também.

2007- Outro que encanta pelo equilíbrio, frutados, alcaçuz, floral, marmelada, confirmados em boca. Meu segundo vinho em predileção.

2008- Chegou com toques de mentol, frutados e floral, e depois abriu ligeira pimenta preta, frutas maduras, ameixas, longo e “quente”, ótimo para se beber já ou ainda aguardar, pelo histórico das outras safras, mais alguns anos.

Com a ótima carne do Pobre Juan, tanto o 2007, como o 2008 harmonizaram-se perfeitamente. Rest Pobre Juan


Winet


abflug vinhos


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sophia Bergvist e seus vinhos da Quinta de La Rosa,que chegam pelas mãos da Ravin


Meninas e meninos,

Quando penso que a capacidade de agregar, enobrecer, e oferecer o que há de melhor nos quesitos vinhos, preços, e congraçamento, a família Ravin(todos aí incluídos, indistintamente) me surpreende.

Em almoço, fomos reunidos pela Ravin, para sermos apresentados à linha de vinhos do Porto da Quinta de La Rosa e à sua proprietária Sophia Bergvist.

Sophia é sócia de Tim Bergvist, seu pai, na Quinta, que em 1906, foi dada a Claire Feueheerd, quando esta foi batizada, e que vem a ser avó de Sophia.

Todas as vinhas são classificadas com a letra A, as mais valiosas, e ficam à margem direita do rio Douro, na região do Pinhão.

Sua linha douRosa não passa por barris de carvalho, e o branco da safra 2007, corte de Viosinho(60%), e Rabigato; Malvasia e Códena do Larinho, é um ótimo acompanhamento para a gastronomia.

Floral, ligeiro mineral, cítrico(lembra grapefruit) e limão Siciliano, tem sutil “adocicado” em final de boca, talvez sinal dos 14% de álcool, que não aparecem no nariz. Após algum tempo, me apareceram as frutas secas, apesar deste vinho não estagiar em madeira.

Sua linha Quinta de La Rosa, tanto o 2008, quanto o Reserva 2007, estagiam em madeira, por 12 e 15 meses respectivamente, o que as difere além dos meses a mais no Reserva, é que a quantidade de barricas novas para este último é maior.

Ambos têm corte com as uvas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz.

O 2008 é encantador no nariz, frutado e floral, algo de jabuticaba, taninos e acidez comparecem bem com o álcool de 14,2%, especiarias se abrem, muito complexo, e gostoso.

Também se nota seu valor para a enogastronomia, aliás, uma característica que me chamou a atenção nos vinhos provados.

Quanto aos Portos, um LBV 2006 e um Tawny 10 anos, possuem um diferencial dos demais vinhos destas categorias; a aguardente vínica é acrescentada um pouco mais tarde na fermentação, com conseguinte resultado de vinhos ligeiramente menos doces, mais secos.

Como sou fã incondicional dos Tawny com idade, este agrada em cheio, apresentando frutas secas, floral(mel), frutas confitadas.

São ambos resultante de pisa a pé, em lagares de pedra, abertos, e por homens(esta parte bem que podia ser mudada); se os Portos já são tão delicados hoje, imaginem se a pisa a pé fosse feita só por mulheres?

Um capítulo à parte, foi o almoço, servido no Rosa Maria Restaurante, que será motivo de postagem exclusiva posteriormente.

Entradas com canapés de alichela e mini hamburgueres de alheiras, harmonizados com o douRosa Branco 2007.

Primeiro prato, um maravilhoso ragú de ossobuco com o Quinta de La Rosa 2008.

Segundo prato, paleta suína com farofa de ovo e banana, com o Quinta de La Rosa Reserva 2007. Sobremesa, envelope de banana com sorvete de creme e calda de chocolate, com os Portos LBV e Tawny 10 nos.

Para mim, a harmonização mais que perfeita, ficou com o ragú e o Quinta de La Rosa 2008, espetacular.

Escrever mais é pleonasmo, procurem conhecer estes vinhos, e quando forem ao Rosa Maria, peçam este cardápio, não se arrependerão.

Rosa Maria Restaurante


Ravin


Até o próximo brinde!


Álvaro Cézar Galvão

sábado, 26 de março de 2011

Harmonizar vinhos potentes com gastronomia inventiva é prazeroso.


Meninas e meninos,
Em visita ao Brasil, José Miguel Viu, proprietário da muito conhecida vinícola Chilena, Viu Manent, que tem seus vinhos aqui no Brasil, pelas mãos da Hannover vinhos, nos trouxe seus caldos das uvas Carmenère e Malbec provenientes dos seus vinhedos chilenos.
Organização competente como de praxe da Fernanda Fonseca, assessora das mais prestigiadas, e com a presença de amigos jornalistas e críticos da área, foi-nos oferecido um jantar após a degustação, no ótimo Dui Restaurante, da eficiente e linda Bel Coelho.
Degustamos nove vinhos, não sem antes “limpar” as bocas e gargantas secas, com um Secreto Sauvignon Blanc de boas vindas.
José Miguel, um dos responsáveis, dentre outras coisas, pela implementação do circuito enoturístico Rota do Vinho do Valle de Colchágua, nos brindou com a condução da palestra.
Os vinhos,
Viu1- safras 2006; 2007 e 2008.
El Incidente– safras 2007 e 2008
Single Vineyards Malbec– safras 2007 e 2008
Vibo– safras 2007 e 2008
Começamos com os Viu Single Vineyard Malbec, e que dentre as duas safras, minha preferida foi a de 2008, mais “completo” com características semelhantes, porém mais exuberante, um tanto mais “doce” e taninos mais pronunciados, tornando-o ótimo acompanhamento das gastronomias.
Passamos aos Vibo Malbec Limited Edition, e novamente minha safra preferida foi a de 2008, já esta bem diferente da safra anterior onde não apareciam, ao menos durante o tempo em taça, tantas frutas, o chocolate e o coco. Como as duas vinificações foram muito iguais, com passagem por madeira por períodos idênticos, fica ai evidente e também no álcool(safra 2007 14,4% e 2008 15,4%), o que a natureza pode fazer e representar.
Viu1 as três safras diferem ligeiramente no corte as saber:
2006- 94% Malbec e 6% Cab Sauvignon
2007- 94% e 6% Petit Verdot;
2008- 100% Malbec
Teores de álcool muito parecidos, passagem por madeira idem, diferenças na vinificação aparecem no 2006, quando houve uma sangria para melhoras a relação entre cascas e suco, antes da pré fermentação. No 2007 houve sangria após a pré fermentação e 2008 não houve.
Meu preferido o 2006, estava exuberante, pleno, frutado, cerejas ao marasquino exalam da taça, chocolate, floral, achei um sutil mineral, acidez ótima, taninos ainda presentes, mas já bem mais dóceis, para mim, o mais gastronômico deles, e meu preferido de todo o painel.
Chegando aos Carmenère El Incidente, que também variam no corte:
Safra 2007- 85% Carmenère; 10% Petit Verdot e 5% Malbec
Safra 2008- 87% Carmenère; 11% Malbec e 2% Petit Verdot
Novamente sem diferenças significativas no álcool e madeira, mas o corte e a safra de cada ano, com certeza modificam os vinhos, e o meu preferido foi o 2007. Complexo, potente, tostados e sutil mentolado, acidez ótima, também muito gastronômico.
Quase deu empate entre o Viu1 2006 e o El Incidente 2007, mas ainda tenho um tantinho a mais de preferência pelo Viu1, até pela idade de maturação, que o amansou.
Todos eles se prestam muito às carnes vermelhas, grelhadas ou em cocções suculentas.
Caças, inclusive a galinha d’Angola, e a avestruz vão bem com todos eles.
Queijos, já ficaria com o Viu1 2006 para acompanhá-los, pois seus taninos são mais doces.
Um vinho, uma emoção, foi o que senti com um deles que foi servido com a entrada da Bel Coelho; ovo em baixa temperatura com espuma de brandade de bacalhau, e farofa de milho e paio, o Viu Manent Chardonnay Gran Reserva, harmonização mais que perfeita, de ser lembrada, até pela dificuldade de texturas e potencias diversas do prato.
Outra das harmonizações marcantes foi o El Incidente com o magret de pato com purê de cará e pêra brulée.
Dui Restanurante
http://www.duirestaurante.com.br/
Viu Manent
http://www.viumanent.cl/
Depois desta, só dizendo...
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 25 de março de 2011

Acavitis procura excelência em qualidade e certifica seus produtos


Meninas e meninos,
Quando recebo uma notícia como esta, fico muito satisfeito, pois verifico que algumas das minhas previsões e até pedidos, feitos em conversas com este ou aquele produtor, no caso, surtem efeito. Quanto mais tivermos meios de aferirmos qualidade, quanto mais tivermos lucidez para entender que os vinhos Brasileiros precisam estar mais na mídia, se mostrarem, para competirem com a avalanche de importados.
Quanto mais melhorarmos e baratearmos os custos de produção e de distribuição, mais teremos interessados em conhecer os vinhos Brasileiros, que de algum tempo para cá, já não são exclusividade de um só estado, ou região.
Conheço muitos dos que fazem parte da ACAVITIS, alguns dos degustadores abaixo explicitados. Outros tanto produtores quanto degustadores ainda não tive o prazer de conhecer, mas acompanho desde os primórdios da associação, e no que depender de mim para que o vinho Brasileiro ganhe status, e qualidade e preços mais viáveis, contem comigo.
Vejam release:

Vinhos Certificados
Rótulos catarinenses vão ganhar selo de qualificação Acavitis
A cidade de Videira, no Vale do Rio do Peixe, reúne a partir desta quinta-feira (24), produtores, degustadores e especialistas em vitivinicultura, durante a III Avaliação Sensorial de vinhos finos de altitude produzidos no Planalto Catarinense. O evento acontece na sede regional da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e é uma promoção da Associação Catarinense de Produtores de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis), com respaldo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Na capital estadual da uva serão avaliados cerca de 100 rótulos de vinhos, espumantes e licores. As analises serão comandadas por um grupo de Degustação, que também contará com o apoio do Conselho Regulador da Acavitis. “Na sede da Epagri, em Videira, que é uma referência estadual em estudos de vitivinicultura, estaremos avaliando e qualificando nossos vinhos. Este é um passo importante para a afirmação de nossos rótulos no mercado e para a consolidação da marca coletiva Acavitis”, afirma o diretor-presidente da entidade, José Eduardo Bassetti.
Após a realização da III Avaliação Sensorial, que terá suas atividades finalizadas nesta sexta-feira (26), os vinhos aprovados irão integrar a seleta lista de rótulos representativos da Acavitis. Os produtos qualificados com o selo de excelência vão participar junto à Acavitis de todas as ações promocionais da entidade.
ACAVITIS – Criada em novembro de 2005, para dar respaldo e suporte aos vitivinicultores, a Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis), com sede em São Joaquim, representa 28 produtores no Planalto Catarinense, com vinhedos espalhados pelos municípios de São Joaquim, Urupema, Urubici, Lages, Painel, Campo Belo do Sul, Campos Novos, Monte Carlo, Tangará, Videira, Treze Tílias, Salto Veloso, Água Doce e Caçador.
Seleção de Vinhos Finos Acavitis 2011

Abreu & Garcia, Casa Pisani, Edson Ubaldo, Hiragami´s, Humberto Brighenti, Ilson Castelo Branco, J.R. Campos, Kranz Vinícola, Masavel, Panceri, Pericó, Quinta da Neve, Quinta Santa Maria, Quinta São Francisco, Sanjo, Serra do Sol, SP Bianco, Suzin, Telmo Inácio Palma de Souza, Tenuta do Sol, Villaggio Bassetti, Villaggio Grando, Videcar, Villa Francioni, Vinicampos, Vinícola Santa Augusta, Vinícola Santo Emílio e Vinhedos de Monte Agudo.
Grupo de Degustadores 2011

Átila Zavarize, Jean Pierre Rosier, João Lombardo, Marcel Salante, Marcos Vian, Mauro Zanus, João Felippeto e Nelson Essenburg
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 24 de março de 2011

Não precisamos esperar mais muitos anos para degustar Bordeuax de qualidade.


Meninas e meninos,
Muitos apreciadores de vinhos me perguntam sobre os vinhos de Bordeaux, se devem ser comprados antecipadamente, se já estarão capazes de aprecia-los, pois ouvem falar que são vinhos para os que mais conhecem e já degustaram muitos outros rótulos.
Digo que se estivéssemos falando de uma dezena de anos atrás, isto seria muito provável, e para com os grandes vinhos ainda o é.
Mas acontece que nesta economia globalizada, onde até os gostos estão ficando mais padronizados, quem não assumir uma postura mais progressista, ficará sem vender.
“Cobra que não anda, não engole sapo”, já dizia o ditado, e é isto o que está acontecendo, e não só em Bordeuax, mas vemos fenômenos de busca pelo gosto de hoje, na Espanha, Portugal, países que até alguns anos atrás, eram tidos como os que tinham, além de maravilhosos vinhos, os mais duros e amadeirados, os mais difíceis de serem apreciados pelos que estavam entrando no mundo etílico.
Claro que não podemos generalizar, e havia vinhos fáceis de beber também.
Sem perder a classe, Bordeaux sempre teve vinhos mais baratos e os sempre muito mais caros, porém, seguindo o que manda o juízo comercial, de algum tempo a esta parte, Bordeaux tem procurado fazer vinhos mais fáceis de serem apreciados mais cedo, e por mais pessoas, além é claro de se fixarem em faixas de preços mais modestas.
Para ilustra bem o que isto representa, temos sempre visto bons vinhos participando do movimento “Bordeaux ao seu Alcance”, onde os exemplares procuram se situar na média, até os R$ 100,00.
Mas, para ilustrar o que estou dizendo, e nada tem a ver com o movimento acima citado, a Expand, importadora super conhecida, está trazendo 5 rótulos de Bordeaux, da excelente safra de 2009, antes impensável de se degustar agora, pelo passar de tão pouco tempo de amadurecimento, e eu, dentre uma seleta turma de convidados, todos amigos e conhecedores, tivemos o prazer e o privilégio de degustar estes rótulos, ouvir e fazer comentários, aprender mais sobre a região e passar algumas horas em companhia de belos vinhos.
1-Chateau Jalousie 2009 – Pomerol
Corte de 70% Merlot; 19% Cab Franc e 11% Cab Sauvignon, não passa por madeira, 14% de álcool.Chegou aberto, com frutado de cerejas e ameixas, sutil aroma de salumeria, após algum tempo alcaçuz, boa acidez, equilibrado, bom para a gastronomia.
2-Chateau Peyruchet Rouge 2009- Loupiac
Corte de 70% Merlot; 15% Cab Franc e 15% Cab Sauvignon, também ao passa por madeira, 13,5% de álcool, este chegou fechado e só abriu após bons minutos na taça, frutas e casca de laranja se sobressaíram, mais curto em boca.
3- Chateau Bel Air Bordeaux Supérieur 2009.
Corte de 50% Merlot; 25% Cab Franc e 25% Cab Sauvignon, estagia em carvalho, com 13,5% de álcool, frutado, ameixas e algo de chocolate.Também aparece um cítrico leve, equilibrado em boca, taninos ainda presentes, macios, que em nada comprometem, sua boa acidez me leva a crer que seja também bom para harmonizações.
4-Chateau Sauman 2009- Cotes de Bourg
90% Merlot e 10% Cab Sauvignon.Como curiosidade é vinificado cada varietal em separado, em cubas de concreto com temperatura controlada, depois é amadurecido em tonéis de carvalho. O mais alcoólico do painel, com 14,5% , mas que não aparecem, frutas e ligeiro amargor em final de boca.
5-Chateau Haut Pommaréde 2009- Graves
Corte sem quantificação de Merlot; Cab Franc; Cab Sauvignon e Malbec. Também com 13,5% de álcool, chegou fechado, apesar de ter sido aerado em decanter, mas quando abriu explodiu em um leque aromático complexo, torrefação, frutados, toque floral, longo em boca, equilibrado com boa acidez, certo cítrico ao final de boca e com taninos um pouco mais evidentes, indicando sua longevidade, mas que não impedem de ser degustado já.
O mais complexo do painel, e o meu preferido, além de ter sido o escolhido também o da maioria. Belo vinho!
Expand
www.expand.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 23 de março de 2011

“Proporcionar a melhor experiência no mundo dos vinhos”-Assinado Família Ravin.


Meninas e meninos,
Quando uma pessoa fala sobre algo ou alguém com entusiasmo não nos surpreendente.
Quando duas pessoas falam sobre algo ou alguém com entusiasmo, já é para pensarmos.
Quando três ou mais pessoas falam sobre algo ou alguém com entusiasmo, então é porque o alvo do assunto é com certeza surpreendente.
Mas o que vem a ser surpreendente mesmo? Não é algo que nos surpreenda?
Então não é o caso desta importadora, pois ela não veio para surpreender, e sim para empreender e executar da melhor e mais feliz forma possível seu objetivo que é proporcionar a melhor experiência no mundo dos vinhos para todos, sejam os seus clientes, seus amigos, seus colaboradores.
Falar da Ravin é muito difícil, pois as pessoas que a estruturam e moldam, e seus produtos, são sempre de excelência, o que a torna tão vencedora no curto espaço de tempo que tem, em que pese a grande vivência de mercado que seus diretores e colabores adquiriram no mercado.
Quando do lançamento do novo catálogo, aliás, primoroso, da Ravin, em reunião festiva e familiar, pois a Ravin leva ao “pé da letra” o lema Família Ravin, e que não é só para os que pertencem aos seus quadros, degustei alguma das estrelas que constam do portifólio de importação.
Uma delas, um vinho, dentre tantos que já conheço e outros ainda novidades para mim, não mais saiu de minhas memórias olfativa e gustativa: SCHARZHOF 2007 RIESLING.
Leve, mineral, frutas brancas e floral deliciosos, longo no olfato e palato, sem ser enjoativo, aliás, como acontece com alguns Rieslings, e que não é defeito não, mas que para meu gosto pesam um pouco estes excessos aromáticos.
Fresco, ótimo acompanhamento de entradas, vários tipos de queijos, desde os com mofo branco até os mais amadurecidos, e creio mesmo que os de mofo azul, serão muito bem vindos, pois o vinho tem aquela característica de final de boca mais adocicada.
Peixes serão enaltecidos, não os de couro, mas de escamas, mais delicados, pois o brilho da harmonização bem feita é enaltecer ambos os atores em seus melhores predicados, sem que um se sobressaia sobre o outro.
Vinho da região do Mosel em Schazhofberg, cuja safra que está chegando é a de 2009, ideal para nosso clima, onde temos calor acima dos 25º em média quase o ano todo, com menos álcool, o da safra 2007 tem 9,5%, é uma boa indicação dos gordos, o Gordo Ravin e este que vos escreve, que, aliás, está acima do peso faz tempo.
Ravin
www.ravin.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 22 de março de 2011

Quando o AmarONE Allegrini se tornou o preferido


Meninas e meninos,
Passar por uma prova vertical sempre é deveras interessante, principalmente porque temos que nos concentrar ainda mais em alguns aspectos da análise sensorial, tanto visual, quanto olfativa e gustativa.
Porque?Bem, temos ao menos que tentar descobrir particularidades que nos conduzam a um mínimo de clareza quanto à idade do vinho, não que isto seja tão importante assim, quando temos ótimos vinhos de safras às vezes não tão boas, mas mesmo assim, seu resultado não compromete com o que cada vinícola se propõe de característica em suas linhas de rótulos.
Foi exatamente isto que vimos, amigos jornalistas e eu, na vertical dos Amarones da Azienda Allegrini, comandada pelo sempre sorridente e multilíngue Robin Shay e no caso, pelo também sempre atento e esclarecedor Fabiano Aurélio que comanda o serviço da Grand Cru.
-Amostra 4, minha degustação me conduziu à acertar o vinho mais novo, aliás, um acerto de quase a totalidade dos presentes, amostra 4 safra 2006.
Cor viva, brilhante, ótima acidez, álcool se faz sentir, aliás, os Amarones são sempre alcoólicos.No olfato chocolate, café, cerejas ao marasquino, frutas em compota, algo cítrico como abacaxi em calda.Em boca confirma os tostados, o frutado e chocolate, e taninos presentes, indicando, quando comparado aos outros, ser o mais novo.
-Amostra 2, também acertei, o mais velho, safra 2003, doce na boca, um toque de rapadura, longo no nariz e em boca, e sutil talco, ou pó de arroz(quem já sentiu pode avaliar do que estou fazendo analogia), frutas maduras, e cítricos também. Prontíssimo e ótimo para de beber. Foi o que mais me agradou.
-Amostra 1 me confundiu, pois parecia mais velho que a amostra 1 e mais novo que a amostra 3, sendo para mim o da safra de 2004, mas ledo engano, era o da safra 2005.
Ótimo, pronto para beber, frutado, untuoso, longo, equilibrado.
-Amostra 3 o da safra o da safra 2004, também me agradou muito, contendo todos os predicados bem avaliados, foi o que mais me enganou no visual, fazendo-me pensar ser ele o 2005, afinal, uma safra só de diferença é perdoável certo?
Todos ótimos e com a particularidade de grafia AmarOne para a safra 2006, pois Franco Allegrini o considera o number ONE.
Todas as safras analisadas levam um corte de 80% de Corvina Veronese, 15% Rondinella e 5% Oseleta, e as graduações alcoólicas variam pouquíssimo, sempre em torno dos 15,5%.
Quem importa os vinhos da Azienda Allegrini, que dentre eles tem o belíssimo Palazzo Della Torre é a Grand Cru.
www.grandcru.com.br
Azienda Allegrini
www.allegrini.it
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 21 de março de 2011

Projeto Gastronomia Solidária



Meninas e meninos,
Dia destes fiquei de novo frente a frente com a Sandra Simões, que fazia dois anos não via, responsável pelo Espaço Interativo Cidadão Já.
A Sandra colocou em prática, o que muitos de nó falamos que iremos fazer, mas que por vários motivos nunca fazemos, ou seja, usou da “SOLIDARIEDADE”.
EM, 2009 publiquei pela primeira vez um post sobre o projeto, por ocasião do lançamento do livro Fazendo Receitas de Sonhos que Encantam, onde dele participaram vários grandes chefs, muitos, meus amigos pessoais.
Como este espaço, sob a máxima de tratar de assuntos que nos tragam prazer sob um olhar eletrônico, cabe aqui relembrar sobre o projeto.

O Espaço Interativo Cidadão Já! criado em 2009, é uma iniciativa da Psicóloga Sandra Simões que, desde 2008 vem desenvolvendo, semanalmente, um trabalho voluntário com o público assistido pela Pastoral do Sopão, realizado pela Paróquia São Domingos, no bairro Perdizes, cidade de São Paulo. Este público é constituído de pessoas de baixa renda, desempregadas ou em situação de rua.
Esse trabalho realizado junto aos moradores de rua na pastoral do sopão configurou-se num espaço aonde as demandas iam sendo identificadas. Durante as atividades, a psicóloga percebeu um considerável aumento no número de jovens grávidas e pensou na possibilidade de realizar um trabalho com esse segmento por meio do acompanhamento específico.
Considerando que essas mulheres jovens e grávidas se encontravam em condições de vulnerabilidade social e psicológica, surgiu a expectativa de iniciar um trabalho com o objetivo de inserir essas mães num contexto social diferente, atender outras necessidades que foram sendo apresentadas em relação a este segmento e ampliar a abrangência de atendimento para diferentes faixas etárias de ambos os sexos.
Dessa proposta nasceu o Projeto Gastronomia Solidária com o intuito de capacitar e realizar treinamento com esse público por meio de oficinas de gastronomia. Em junho de 2008 teve início a primeira oficina de trabalho da gastronomia na quadra de esportes, onde, semanalmente, a Paróquia São Domingos abriga essas pessoas. Como uma experiência piloto formou-se um grupo de 08 pessoas que manifestaram interesse em aprender uma arte, a arte de transformar receitas simples em sofisticação e requinte.
A experiência cotidiana desse grupo foi mostrando que o trabalho crescia e foram surgindo novas demandas, novos desafios e a necessidade de encontrar outro espaço para ampliar o trabalho e a oferta de serviços. Em agosto de 2009 foi inaugurada a Sede do projeto, situada no mesmo bairro, denominada de Espaço Interativo Cidadão Já! cujo propósito é fazer acontecer nesse espaço a interação entre as culturas, as diferenças sociais e étnicas e fazer acontecer o encontro da diversidade através das oficinas que compõem a prática metodológica do Projeto Gastronomia Solidária.
O Espaço Interativo Cidadão Já! é fruto do esforço de profissionais voluntários que se reuniram em torno de um projeto, cuja determinação, é trabalhar para a inclusão das pessoas moradoras de rua, desempregadas e de baixa renda para o acesso aos bens e serviços proporcionando o resgate e exercício da cidadania.
Em 2009 o trabalho ganhou outras proporções e foi se ampliando no atendimento, na oferta de mais serviços e na participação de outros profissionais de diferentes áreas como a Psicologia, a Pedagogia e o Serviço Social, criando possibilidades de atuação para novos profissionais, por meio da abertura de campos de estágios e acompanhamento através das práticas desenvolvidas no cotidiano das ações pedagógicas que aqui são inseridas e desenvolvidas junto ao público destinatário de nosso Projeto.

1. Missão:
O Espaço Cidadão Já! é uma organização sem fins lucrativos, cuja missão é prestar um serviço de formação, capacitação e de inclusão social voltado, preferencialmente, às populações de rua, desempregados e de baixa renda, proporcionando-lhes viver com dignidade, qualidade de vida e exercer a sua cidadania.

2. Manutenção:
Com o intuito de buscar a sustentabilidade do Espaço Interativo Cidadão Já! a equipe de coordenadores está desenvolvendo um conjunto de atividades que visam:

Estabelecer parcerias com órgãos públicos municipais e empresas cidadãs coerentes com a filosofia da Organização que queiram contribuir para o crescimento das pessoas.
Mobilizar colaboradores físicos na direção de uma ação social conjunta com o Espaço Interativo Cidadão Já!
Efetivar parcerias com instituições de ensino médio e superior a fim de potencializar a ações da organização quanto à mobilização de recursos humanos e pedagógicos e materiais com perspectivas para uma autonomia e gestão mais equilibrada.
Garantir a companhia de profissionais de diversas áreas, professores que desejem desenvolver práticas consistentes para possibilitar de espaços de estágios que favoreçam a capacitação profissional de seus alunos.
Promover eventos sociais, ao longo do ano, abertos ao público em geral com o objetivo de divulgar as ações do projeto e realizar a captação de recursos com a exposição e venda de serviços produzidos pelas oficinas realizadas no Espaço Interativo Cidadão Já!
Maiores informações sobre como fazer para contribuir, vale uma visita ao site e ao local.
R.Dr Homem de Melo, 574- Perdizes- São Paulo - SP
11 2768-9245
http://www.gastronomiasolidaria.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sábado, 19 de março de 2011

Bom Dia Campo recebe Álvaro Cézar Galvão com espumantes Valduga para abrir o apetite.


Meninas e meninos,
Tive o prazer de ser mais uma vez convidado para falar aos telespectadores do jornal Bom Dia Campo, que o Canal Rural leva ao ar diariamente.
A jornalista, inteligente e de uma beleza impar, sempre me coloca muito à vontade, não que eu seja um daqueles tímidos certo?
Desta vez, a conversa versou sobre o aumento da produção e vendas de espumantes no Brasil tendo a relevante marca de mais de 16,5 milhões de litros vendidos em 2010, e com a ótima noticia que atingimos cerca de 80% deste consumo com produtos Brasileiros.
Levei alguns espumantes da Valduga, englobando ai o Moscatel .Nero, o rosado Amante e o ótimo 130.
Pena que tive apenas um bloco para poder falar e mostrar os vinhos, mas pelos comentários, sei que atingi os objetivos de marcar território com os vinhos Brasileiros, dos quais tanto falo e acredito.
Na foto, estamos a jornalista e apresentadora Renata Maron, a produtora Andréa Godoy, e eu. O que fazer entre as duas beldades? É mole a vida de consultor em enogastronomia?
Vejam também o vídeo em
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 18 de março de 2011

Quer saber sobre vinhos? Vá ao ExpoVinis Brasil em sua 15ª edição!


Meninas e meninos,
Nunca é cedo para aviso sobre evento desta magnitude: o ExpoVinis está chegando, faltam pouco mais de 30 dias.
Este que é o maior evento de vinhos da América Latina, acontecerá entre os dias 26 e 28 de Abril no Expo Center Norte-pavilhão vermelho.
Dúvidas, entrem no site, ou consultem as meninas da CH2A, endereço abaixo,
Vejam release sobre a feira:

Contagem regressiva:
ExpoVinis Brasil já prepara taças e saca-rolhas para sua 15ª edição

Entre os dias 26 e 28 de abril de 2011 o Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte muda seus tons e ganha novos aromas. O local foi escolhido, pelo segundo ano consecutivo, como cenário para uma edição do ExpoVinis Brasil, o mais representativo evento de vinhos da América Latina e um dos 10 mais importantes do mundo para o setor.
Na rota do wine business há 14 anos, em 2011 a 15ª edição do ExpoVinis Brasil promete superar o sucesso da ‘safra’ anterior. No ano passado foram 300 expositores, cerca de 16.500 visitantes, além de presenças internacionais, degustações premium e palestras com temas atuais. Os números crescem ano a ano e em 2011 as expectativas são bastante positivas.
“O ExpoVinis Brasil é um catalisador do setor, fomentando e acelerando o contato entre produtores nacionais e internacionais com os players do mercado brasileiro e demais mercados mundiais”, resume Domingos Meireles, diretor da Exponor Brasil, empresa responsável pela organização do salão internacional do vinho.
O evento é um wine tour por tradicionais e surpreendentes regiões produtoras. Terroirs do Velho Mundo, como França, Espanha, Portugal e Itália, harmonizam com os aromas e sabores vindos de países do Novo Mundo, como Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Nova Zelândia e África do Sul. Além disso, os estreantes Sérvia, Bolívia e Grécia surpreenderam em 2010 apresentando seus rótulos mais emblemáticos.
O ExpoVinis Brasil também vem se consolidando como o cenário ideal para que profissionais do setor, enófilos, enólogos, produtores e consumidores troquem experiências, conhecimento e façam negócios.
Portanto, anote na agenda! Os dias 26, 27 e 28 de abril serão dedicados a tintos, brancos, rosés e espumantes das mais tradicionais e representativas regiões vitivinícolas do mundo. Profissionais e amantes do vinho já estão convidados para conhecerem as novidades da ‘safra 2011’ do ExpoVinis Brasil, que virá repleta de bons rótulos, novidades e boas notícias.
Serviço:
ExpoVinis Brasil 2011
26 a 28 de abril
Expo Center Norte - Pavilhão Vermelho
11 9239.0569
Alessandra Casolato
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 17 de março de 2011

Casa Di Conti-Contini, uma empresa que surpreende pela tecnologia e amplitude de seu portifólio


Meninas e meninos,
Quando meus amigos da B&W lançaram no mercado sua cerveja ano passado, aliás, uma das minhas preferidas, a Paulistânia, fiquei sabendo que a mesma era feita e engarrafada nesta empresa, a Casa Di Conti-Contini, que eu já conhecia de outros produtos.
Voltando à bela cerveja, agora em Janeiro, foi lançada a recém desenvolvida e diga-se de passagem, deliciosa Paulistânia escura, o nome da cervejaria voltou ao cenário, e eu, aproveitando a ocasião de uma ação programada para março, exatamente no dia de ontem, 17/03, segui com os integrantes da distribuidora e importadora para a cidade de Cândido Mota, interior de São Paulo, para visitar a fábrica e tive uma surpresa.
Sabia ser uma empresa familiar que desde a década de 40 faz bebidas e com sucesso, principalmente o Vermute Contini, mas não esperava a grandiosidade, sofisticação e tecnologias lá encontradas, que fazem desta fábrica, se não a mais nova planta industrial cervejeira e em tecnologia, com certeza uma das mais novas nestes quesitos.
Vocês já puderam ter a oportunidade de tomar cerveja extraída diretamente dos tonéis gigantes que maturam e guardam a cerveja enquanto esperam o envase?
Eu também nunca tinha tido esta experiência, e vou logo dizendo que a cerveja é diferente, sim, diferente por que ainda não viajou, não chacoalhou, não enfrentou intempéries nas estradas, e pior, não foi mal acondicionada, ou ainda, recém chegada, do transporte, indo parar direto no freezer, levando aquele choque térmico.
Em outra oportunidade vou falar mais desta viagem, por ora, só para ficarem com água na boca, vejam a foto onde o mestre cervejeiro Bart Borremans, um belga que fala um português quase sem sotaque, tira do tanque, aliás, não era cerveja e sim um Chope Paulistânia, já que daquele tanque, a cerveja ainda não fora pasteurizada.
Cerveja Paulistânia
http://www.cervejapaulistania.com.br/
Casa Di Conti-Contini
http://www.casadiconti.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 15 de março de 2011

Castello Di Ama e seu wine artist, ou melhor winemaker Marco Pallanti.


Meninas e meninos,
Degustações, sem querer parecer presunçoso, as temos todos os dias, mas uma degustação onde seu enólogo é também um admirador da arte, e porque não dizer, um artista também, já que seus vinhos, frutos do trabalho de criação, podem ser comparados com uma bela e criativa obra de arte, não é sempre.
Quando a eficiente e linda Sofia Carvalhosa me mandou o convite, para que nos encontrássemos com o produtor, em um formato de degustação elogiado por todos os amigos jornalistas presentes, entrei no site da vinícola e fui ansioso ao encontro depois do que vi.
Marco Pallanti, winemaker como se auto intitula, é o proprietário e enólogo da vinícola Castello Di Ama, na Toscana, onde agrega uma coleção de obras de arte contemporânea de fazer inveja a muitos colecionadores.
Mas, vamos aos vinhos, pois ao final, dou o endereço do Castello Di Ama, e verão com seus próprios olhos.
Antes, devo dizer que em seus cerca de 90 ha de vinhedos, as variedades plantadas são, claro, a Sangiovese, e as Merlot, Pinot Noir, Chardonnay, Pinot Grigio e Malvasias Branca e Nera.
Produz 350.000 garrafas, sendo 270.000 de tintos, e o restante entre brancos e rosès.
Todo o seu vinho tem produção limitada, não passando das 8.000 garrafas seus considerados Crus, Vigneto Bellavista, Vigneto La Casuccia e L’Apparita.
Degustamos:
-Rosato 2009, um rosado que leva Sangiovese, e um tantinho de Merlot, muito frutado, floral, toque mineral, não muito longo, mas bom para harmonizações, em virtude de ter um corpo mediano e álcool, 13% para ajudar.
-Vigna Al Poggio 2009, corte de 80% Chardonnay e Pinot Grigio, que passa parte do vinho em barricas pequenas, dando um toque amanteigado delicioso, mas sem perder a fruta, também algo de mineral, lembra em boca aqueles palitinhos de casca de limão açucarados que acompanham o cafezinho, especiarias(talvez anis, bem sutil), ótima acidez, longo em boca, muito interessante para gastronomia.
-Castelo Di Ama 2006, um verdadeiro Chianti Clássico, corte de 80% Sangiovese, o mínimo exigido pelo consórcio, e mais 9% Merlot, 5% Canaiolo, e o restante entre Pinot Noir, Cab. Franc e Malvasia Nera, com todos os predicados de uma vinificação primorosa.
Passa por carvalho francês, com 20% deles novos, por cerca de 14 meses.
Muito frutado no olfato e em boca, chá preto aparece depois de algum tempo em taça, toques de charcutaria, ou animal, longo, com taninos doces ainda presentes, álcool 13% e acidez provocante o suficiente para nos deixar com vontade de comer.
-Vigneto Bellavista 2006, corte de Sangiovese e Malvasia Nera, um Chianti Clássico de colecionador.
-L’Apparita 2006, um Merlot que expressa tanto seu poder que creio ser inda muito jovem para der degustado, podendo, a meu ver, se esperar ainda uns 3 a 4 anos, para termos sua total potencialidade.
-Vigneto La Casuccia 2007, um corte de 80% Sanviovese e 20% Merlot, uvas de vinhedos antigos, um Chianti Clásico que não para de surpreender em aromas que se abrem a todo o momento, e em boca, frutado, taninos presentes, equilibrado, toque mineral, ótimo corpo. Longo, todos os atributos de um excelente vinho.
-Vinsanto 2004, corte de malvasia Bianca e Trebbiano Toscano, meio a meio.Vinho fácil de beber.
Falar dos vinhos de Pallanti, ao menos estes é chover no molhado, todos sem exceção agradam, claro que ao paladar e ao bolso, cada pode ter suas preferências, mas são realmente umas obras de arte.
Quem importa os vinhos do Castello Di Ama é a Mistral.
Castello Di Ama
http://www.castellodiama.com/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 14 de março de 2011

Espumantes Prosecco e Blaquette de Limoux se dão bem em almoço onde o polvo foi o prato principal.




Meninas e meninos,
Como de costume, ataquei de mestre cuca este final de semana com uma missão a pedidos: fazer dois pratos com polvo.
Decidi por um arroz de polvo, feito com a cabeça fatiada e o entremeio entre esta e os tentáculos, e quanto aos tentáculos, estes os fiz grelhados, não sem antes deixá-los em uma marinada de azeite, limão e pimenta do reino por uns 15 minutos.
E para harmonizar com os pratos, desde queijo Brie, até uma saladinha para a entrada, e depois os pratos com polvo, mudaria o vinho?
Resolvi a questão partindo para os espumantes, mas com pedrigri e sotaque estrangeiro desta vez, ou seja, com procedências de origem, um Italiano e outro Francês.
Primeiro o ótimo Prosecco Fontini Valdobbiadene DOCG 2009 com 11% de álcool, perlage fino e abundante, acidez impecável para atacar tanto a untuosidade do queijo como o azeite e amido do arroz de polvo, e com certo sutil mineral.
Depois o Blanquette de Limoux Première Bulle que pelas suas características de maior teor de álcool, 12,5% e corpo mais robusto, cairiam bem com o tostado dos tentáculos grelhados.
Realmente não decepcionaram, e claro, foi uma festa do começo ao final da refeição, pois não troquei de vinhos, apenas deixei o Limoux mais para os pratos principais, já que o ótimo Prosecco, que eu já havia testado com o arroz de polvo, não resistiu nossa investida com o queijo Brie e....acabou.
Para quem quiser repetir a dose, não sem antes me chamar para perpetrar os pratos é claro, o Prosecco Fontini é trazido pela Expand, e o Blanquette pela Winerry.
Expand
http://www.adegaexpand.com.br/
Winery
http://www.wineryimport.com/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 11 de março de 2011

Quando se tem Estima pelo que se faz, nada pode dar errado!


Meninas e meninos,
Quando garotos temos algumas vivências que nos marcam para todo o sempre, e uma delas é a cozinha da vovó.
Quem não teve uma avó quituteira, não pode saber sobre os deliciosos aromas que se desprendem e se perpetuam nas cozinhas delas.
Digo mais, quem nunca comeu um bolo recém saído do forno, não sabe o que perdeu.
Claro que temos hoje a facilidade de encontrar nas grandes cidades, de um tudo(como diriam os mineiros), desde doces caseiros bem feitos, bolos dos mais variados, e até os doces e bolos industrializados, comprados em qualquer esquina.
Pois bem, estou falando nisso, pois estive no Doce de Laura, e me lembrei da cozinha de vó, pelos aromas ali contidos.
Até um balcãozinho onde ficam expostos alguns dos quitutes, entre doces e salgados, me fez lembrar daquelas vendinhas interioranas, simples, verdadeiras e acima de tudo, asseadas e honestas, como as mercadorias ali vendidas e para com sua clientela.
Até um cabide com galinhas D’angola, estes animais lindos, lúdicos e que são minha paixão(já devo ter sido uma delas em vidas passadas), vi ali na vendinha da chef Laura Estima; até no sobrenome ela lembra o carinho e estima, não é chique?
Agora a Laura inventou a hora do bolo, que começa as 16:30 hs com bolos saindo na hora ou quase isso, do forno da doceria.
Doce de Laura trabalha com carinho, por isso me fez lembrar dos quitutes de vó, atendendo restaurantes, hotéis e ao público em geral com bolos, mais de 20 tipos, alguns próprios para acompanhar um café ou chá, pudins, musses variadas, tortas, e também com os salgados, como quiches, empadinhas, tortas salgadas e até sopas.
Eu, da próxima vez, vou pedir licença à Laura e levar um vinho espumante Moscatel, ou mesmo um Late Harvest, para acompanhas algumas das delicias adocicadas que ela faz.

Na foto além da Laura, a jornalista e aprediz de feiticeira Carla Conte
A Doceria Doce de Laura, fica na Vila Madalena.
R. Aspicuelta, 27
http://www.docedelaura.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 10 de março de 2011

Vem Comigo ao projeto Chefs Especiais


Meninas e meninos,
Vem Comigo em nome dos protagonistas Chefs Especiais Down Cooking.
Vem Comigo em nome dos criadores e organizadores Marcio e Simone Berti.
Vem Comigo em nome de todos os patrocinadores e simpatizantes deste maravilhoso projeto, que todos deveriam conhecer, e para isto, basta entrar no site www.chefsespeciais.org

Vem ai mais uma edição, desta feira com um convidado que “Vem Comigo” há muito tempo: Goulart de Andrade.
Não vou me deter em explicações, visto que sempre apoio este projeto e já tenho feito postagens dele, além disso: Vem Comigo ao site!
Chefs Especiais Down Cooking
www.chefsespeciais.org
Até o próximo brinde!

Álvaro Cezar Galvão

quarta-feira, 9 de março de 2011

Afinal o que é a “Fermentação” Malolática nos vinhos?


Meninas e meninos,
Falar sobre assunto tão técnico não é fácil, mas em virtude de algumas perguntas surgidas de leitores interessados e intrigados, e mesmo de amigos, vou tentar ser breve e objetivo.
Fala-se “fermentação” malolática, mas na verdade, não é um processo fermentativo e sim, um processo de degradação biológica provocado por bactérias, em especial a Leuconostoc, transformando o ácido málico em ácido lático, com o desprendimento de gás carbônico, o que provoca a impressão de que está ocorrendo uma fermentação. Talvez isso explique porque se fala em fermentação, inclusive em literaturas mais técnicas.
Na prática, o resultado é que a “fermentação” malolática reduz consideravelmente a acidez total dos vinhos e, conseqüentemente, aumenta o pH dos mesmos.
Bom, partindo do inicio, devemos distinguir o que sejam leveduras, enzimas e bactérias.
As leveduras são microorganismos que irão "transformar" o açúcar da uva em álcool e gás carbônico. Elas podem ser adicionadas ou não, sendo a adição o mais comum. Podem ser adicionadas logo após o recebimento das uvas, ou depois de alguma maceração pré-fermentativa.Enzimas derivam de fungos e bactérias e existem aos milhares, e são encontradas em todos os tipos de células vivas, são biodinamizadores, estão presentes em todas as reações metabólicas que alimentam os sistemas de vida. Sem elas, a nossa existência certamente seria bem diferente, e não são todas as vinícolas que as adicionam. Pode ser adicionada para os mostos brancos para ajudar na decantação (débourbage), para melhorar o rendimento das uvas, auxilia na extração de aromas, e melhora a cor de vinhos tintos. Como há diversos tipos de enzimas, elas podem ser adicionadas desde o momento de recebimento das uvas, até depois da fermentação, sendo o mais comum adicionar junto com o recebimento. Tanto as leveduras, as bactérias (organismo vivo), como as enzimas (não é organismo, é um composto químico) estão presentes nas uvas. As enzimas muitas vezes em quantidades não suficientes, e as leveduras podem ser de outras "espécies" (o termo correto é cepa, mas talvez assim fique mais fácil de compreender) que não são interessantes para o vinho, pois podem causar problemas.
Já as bactérias, no nosso caso as lácticas, são microrganismos muito diferentes das leveduras, e que após o processo traz mudanças sensoriais em sabor e olfato, reduzindo a acidez em vinhos com teor alto de polifenóis, ajuda a minorar o amargor e causa menor adstringência, sendo uma importante mudança, a formação do diacetil, um certo amanteigado, reagindo também com outros componentes dicarbonilados e com o enxofre de certos aminoácidos para a formação de aromas de avelã, chocolate, queijo, pipoca e noz-moscada.
As bactérias lácticas também podem produzir alguns ésteres que contribuem positivamente no aroma do vinho. O lactato de etila, por exemplo, é descrito como aroma de frutas frescas, sendo formado a partir da reação do ácido láctico com o álcool etanol aumentando o caráter frutado. Outro éster importante é o succinato de dietila, o qual influencia muito o vinho, pois tem aroma adocicado. Sua formação é a partir da reação do ácido succínico com moléculas de etanol.
Todas essas reações e efeitos positivos durante a “fermentação” malolática, só ocorrerão caso se tenham certos cuidados. É aconselhável, para a realização de uma completa malolática, a adição de bactérias selecionadas em dosagens aproximadamente de 1 grama por 100 litros de vinho, além do controle dos seguintes fatores:
a) Adição de dióxido de enxofre – as dosagens devem ser pequenas, pois as bactérias lácticas são sensíveis a esse produto.b) Presença de nutrientes – as bactérias necessitam nutrientes para colaborarem nas conversões.c) Oxigênio - A ausência estimula a fermentação malolática. d) Temperatura – A temperatura ótima é de 20 a 37ºC, já que em temperaturas abaixo dos 15ºC o crescimento é inibido.
Espero não ter sido tão técnico que tenha tirado o encantamento da questão!

Agradeço à enóloga Marcela Mariani, à Revista de Vinhos de Portugal, e Embrapa pelas partes mais técnicas aqui descritas.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher: E o vinho é feminino?


Meninas e meninos,
Dia Internacional da Mulher, pode isto ser verdade?
"Homem,
cuida-te muito em não fazer chorar uma mulher,
pois Deus conta as lágrimas.
A mulher foi feita da costela do homem,
não dos pés para ser pisoteada,
nem da cabeça para ser superior
mas, sim, do lado para ser igual....
debaixo do braço para ser protegida
e do lado do coração para ser amada".
"Provérbio hebraico"

Claro que se levarmos em consideração que este dia é uma homenagem àquelas mulheres corajosas, que em 1857 trabalhavam na indústria têxtil e foram queimadas vivas, e tantas outras mulheres corajosas, anônimas ou nem tanto, até há de se compreender, mas para mim e creio que para muitos, o dia da mulher é sempre, todos os dias.
Falar de vinhos e de mulheres é sempre um enorme prazer, e muito já se escreveu sobre o tema, mas para mim, ele é sempre uma fonte inesgotável e apaixonada.
Caso já tenham ouvido, ou lido texto com este assunto, levem em consideração, que o meu motivo maior, é de exaltar as mulheres e os vinhos.
Será mesmo que temos vinhos para homens, ou seja, mais masculinos, e outros para as mulheres, ou mais femininos?
O vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher. Nenhum alimento é mais apropriado ao ideal feminino que o vinho. Mas via de regra, sempre foi feito por homens, e principalmente para os homens.
Guardando a devida distância na comparação, o homem tem ao lado da mulher o seu melhor, assim como o vinho acompanhado da gastronomia adequada também. É o casamento perfeito. Um não deveria viver sem o outro.
Os homens não passam dos cinco sentidos, enquanto as mulheres até por treino de muitas gerações, possuem apuradíssimos o olfato, já que usam lavandas e colônias desde há muito, o paladar, que protegia e protege a família quando é feita e servida a refeição, e o sexto sentido, que na falta de algo complementar mais científico, foi desenvolvido tendo por base o amor, a preocupação, o senso de responsabilidade para com a prole, e o despreparo acadêmico de antanho.
Está cientificamente provado que as mulheres têm mais sensibilidade, são mais olfativas.
Isto em muito facilita as consumidoras de vinho, em relação aos consumidores homens, pois quase que intuitivamente, elas escolhem e acertam no vinho que mais gostam, muitas vezes sem os terem experimentado anteriormente.
Também, as mulheres, não se deixam apanhar pelas armadilhas de convenções estabelecidas pela sociedade patriarcal, onde, por exemplo, podem se deter a observar as diversas tonalidades de uma cor, ou a melhor interação de cores e suas tonalidades, atentas para a harmonia das combinações.
Quando uma mulher está aborrecida, principalmente em sua vida afetiva, ela pensa correndo em chocolates, o que as remete ao leite materno, com certo dulçor, macio e quente, aquele carinho maternal, a segurança, talvez esteja ai explicado por que algumas mulheres busquem vinhos mais adocicados.
Não que os homens não possam sentir-se ligados às suas lembranças ternas, mas de novo vemos a sociedade “educando” seus filhos homens para não serem sentimentais.
Estando atentos à grande mãe Natureza, podemos observar que em quase todas as espécies animais que vivem sobre a terra, os machos são os mais belos, vistosos e fortes, caracterizando-os como os provedores da continuidade da sua espécie. Graças ao bom Deus, na espécie humana, acontece o contrário; a Mulher é a mais bela, mais forte e vistosa e, creiam-me, as grandes responsáveis pela continuidade da espécie.
É com estas e outras comparações que vamos descobrir o mundo das mulheres e homens no vinho.
Lindas Mulheres lindas,
Parabéns por mais um dia dedicado a vocês.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

segunda-feira, 7 de março de 2011

Dia do Chef foi ontem 13 de Maio, mas vale para todos os 365 dias do ano.



Meninas e meninos,
Ontem foi o dia do Chef de cozinha, este artista que nos brinda com suas criações e delícias.
Não consegui postar ontem em virtude destas coisas que acontecem com a web e nossas máquinas e também com os operadores destas.
Recebi de meus amigos da ABAGA-Associação Brasileira da Alta Gastronomia, cujo presidente é o Chef João Leme, a lembrança do dia, mas ficou para hoje, um dia depois, já que todos os dias são dias dos chefs.
PARABÉNS aos inúmeros amigos que tenho nesta área e aos muitos que ainda terei.
Degustem um bom vinho, como os que tenho postado aqui, e sorte e paz a todos.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

domingo, 6 de março de 2011

Importadora com nome estranho, grafado em letras minúsculas, tem portifólio maiúsculo, de primeira.


Meninas e meninos,
Convidado pela importadora abflug, isso mesmo, e com letra minúscula para contrariar a regra dos nomes próprios, onde os amigos Marcelo, Salo e Sandra nos esperavam em trégua de expediente, degustamos, amigos blogueiros e eu, (lá estavam o Deco, o Daniel, o Beto, o Jeriel e depois o Marcelão, o Didú teve que sair mais cedo, mas cumpriu o prometido e foi de bata azul turquesa, da época desvairada e beatnik) boas novidades e alguns novos rótulos da empresa, que tenho a certeza darão o que falar.
Da Viña El Descanso, do conhecido e reconhecido grupo Chadwick, do Chile, gostei muito de seu Sauvignon Blanc, diferente de outros da mesma varietal chilena, gostoso, não encontrei herbáceo e o frutado não é predominante sobre o floral, intenso e gostoso.
Um Australiano que irá chegar em breve o Yellow Tail, um Shiraz delicioso, frutado, nada “doce”, corpo médio, e que pede para ser degustada um pouco mais refrescada devido sua boa acidez, este vinho é muito fácil de harmonizar-se com gastronomias várias, um vinho excelente para o dia-a-dia.
Entusiasmei-me mesmo com o belo vinho regional Lisboa, da tradicionalíssima Casa Santos Lima, corte de Castelão (também conhecido como Periquita), Touriga Nacional e Syrah, nas proporções de 40%.40% e 20% respectivamente.
Estagia em madeira durante 4 meses, o suficiente para lhe dar um pouco mais de maciez, já ajudada pela Syrah, e que nada encobre seu frutado excepcional, e o delicado floral, devido provavelmente à Touriga Nacional.
Redondo, macio, taninos presentes, mas nada agressivos, ótima acidez, e como degusto vinhos e pendo em gastronomia, e vice-versa, logo comentei que para a Páscoa que se aproxima e nosso costumeiro bacalhau, este vinho se dará muito bem.
Seu álcool, de 13,5% pode parecer pouco para um ataque maior ao azeite, mas acredito que será o suficiente, sem contar com os taninos que ajudam neste quesito, e também para enxugar a suculência de alguns pratos.
Até agora, todos os vinhos descritos, serão vendidos por menos de R$30,00, não é realmente um achado?
Ainda degustamos os vinhos já meus conhecidos da bela Viña Pérez Cruz, que a abflug agora responsável pelas importações, fez questão de mostrar.
Degustamos a linha toda, desde o Cab Sauvignon Reserva, meu preferido em relação ao que oferece em preço X qualidade, os bons Cot, Carmenere e Syrah Limited Edition, eos assim definidos ultra-Premium Liguai e o ícone Quelen.
Mas estes vinhos, principalmente o Liguai e o Quelen são tops em suas linhas, quero ver um vinho de entrada como o Portas de Lisboa(sem trocadilho), que aliás, é o que aparece na foto.
Abflug vinhos
11 2306-7959
www.abflug.com.br
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão

sexta-feira, 4 de março de 2011

Uma nova visão sobre nossa cachaça.-A Cachaça Leblon fala francês, inglês, ou seja, é universal!


Meninas e meninos
Hoje, uma sexta-feira, véspera de carnaval, lembra happy hour, feijoada no sábado, samba, alegria, e..caipirinha!
Isto mesmo, cachaça, nossa bebida reconhecida mundialmente, apreciada por todos, pura ou em drinques, e aproveitando a época, a Leblon que sabe das coisas, trouxe ao Brasil para uma coletiva com a mídia e bartenderes, seu máster distiller, o francês, que é da 5ª geração de grandes produtores de Cognac, Monsieur Gilles Merlet.
A profissão de Gilles ainda é pouco conhecida entre nós, pois nosso destilado mais conhecido, a cachaça, ainda na maioria das vezes, ou é feito artesanalmente em quantidades mais resumidas por tradição entre as famílias, ou é totalmente industrializada, parecendo então com as usinas de etanol, combustível automotivo.
Gilles formou-se engenheiro agrícola, diplomado pela ESAP, em Toulouse, no ano de 1971. Trabalhou como viticultor em Cherac, região de Cognac, até assumir a destilaria da família, em 1975, após a morte de seu pai. Especialista em produção de Cognac, Gilles tornou-se um dos maiores produtores desta bebida. Amante das bebidas de qualidade manteve a tradição da família como produtor e, entre outras atividades, destacou-se no universo do vinho, do suco de uva e do Pineau des Charentes (bebida popular na região francesa, que mistura suco de uva não fermentado com cognac).
Gilles também é premiadíssimo com seus licores, que levam a marca Merlet, em especial com o Creme de Cassis, fazendo outros produtos como Liqueur C² (à base de cognac), Cognac-Citron, Cognac-Cassis, Cognac-Café, Cognac-Crème ,Vin de pays Charentais, Vin de Pays de l’Atlantique e o recente Hipnotiq – um mix de cognac, vodka e blend de frutas, que figura entre os mais bem sucedidos coquetéis nos USA, integrando, inclusive, a lista dos 100 melhores destilados segundo a revista americana Impact.
Responsável pelos métodos que conferem à Leblon o conceito de cachaça top, Gilles possui vasto conhecimento sobre blending e uma enorme bagagem em técnicas únicas de fermentação, destilação e envelhecimento, conferindo à Leblon, a pureza de sabor e qualidade que Gilles exige em seus produtos.
O processo de destilação de Leblon
Leblon é produzida em Patos de Minas, Minas Gerais, na charmosa Maison Leblon. A primeira etapa de seu processo especial de destilação diferencia-se pela colheita manual da cana-de-açúcar – que recebe dois cortes – e pela prensa. “Somente a prensa suave preserva as características vegetais mais nobres da cana”, diz Gilles Merlet.

A garapa, então, é armazenada em tonéis de aço e passa por refinada e exclusiva fermentação. Na próxima fase, a destilação é feita em alambiques de cobre, somente uma vez, para preservar o aroma original da cana. Em seguida, o diferencial de Leblon: os melhores “frutos” são envelhecidos em barricas de carvalho francês, anteriormente utilizadas no envelhecimento de cognac e, quando são removidos os componentes alcoólicos indesejáveis. A bebida ainda passa por tripla filtragem orgânica.

O resultado é uma cachaça de qualidade superior às degustadas pelo paladar exigente dos amantes da bebida, apresentada em uma garrafa de alta costura francesa – feita com vidro cristalino da Normandia.

Prova de sua elegância, Leblon foi eleita a “Top Cachaça do Mundo” no concurso de destilados de São Francisco e recebeu o prêmio “Best of Class 2007” na London Rum Experience. Agora, já pode ser encontrada em todos os estados americanos e capitais culturais mundo afora, como São Paulo, Londres, Paris e Bangkok.
Um diferencial é que a Leblon é distribuída pelos amigos da Interfood, não é bacana?
Cachaça Leblon
11 2602-7255
http://www.interfood.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quinta-feira, 3 de março de 2011

Marfrig lança em São Paulo suas linhas Premium de Angus e Cordeiro com marca Seara para o consumidor final.


Marfrig lança em São Paulo suas linhas Premium de Angus e Cordeiro com marca Seara
Meninas e meninos,
Estive em almoço na Churrascaria Fogo de Chão, onde revi os amigos, para um lançamento muito especial do grupo Marfrig.
Na ocasião, nas presenças do diretor geral James Cruden, de Luciano de Andrade, Antonio Sobrinho, Gustavo Martini e outros ilustres representantes, ficamos sabendo um pouco mais do grupo Marfrig, esta gigante do setor de alimentos à base de carnes.
Foi uma ocasião especial, onde o lançamento das linhas Seara Angus, de gado Angus, a carne bovina que tem o maior marmoreio, e da Seara Cordeiro, vimos desfilar diante de nós os cortes especiais, que antes eram fornecidos ao atacado e restaurantes, agora cegando ao varejo, e distribuidores, ou seja, ao consumidor final nos pontos de venda.
A expectativa da Marfrig é atingir 10% do faturamento global com as linhas Seara Angus e Seara Cordeiro, que creio, seja bem realista.
A carne do gado Angus, que relaciona o maior marmoreio (gordura entremeada), dando suculência, sabor e maciez, vem provar que a dita carne bovina de segunda é aquela de gado de segunda, e não estou falando do dia da semana.
Quanto ao cordeiro, uma de minhas paixões em carne, os cortes privilegiam a grelha e o assador, são bonitos de ver e de comer.
O cordeiro, uma das mais saudáveis carnes dentre as ditas vermelhas, terá também cortes diferenciados, e toda a cadeia produtiva está sob a supervisão da Marfrig, que conta hoje com um rebanho de matrizes da ordem das dezenas de milhares, sendo a raça Primera, que tem cerca de 20% a mais de lombo e pernil, uma das utilizadas no cruzamento genético, sendo a outra a Highlander.
Degustamos vários cortes de Seara Angus, e posso dizer que nenhuma decepcionou, assim como a Seara Cordeiro.
Como não pendo em gastronomia sem vinhos, logo pensei em um vinho com certa madurez em carvalho, da uva Tempanillo, para os cortes de cordeiro, e um belo Malbec Argentino para o Angus.
O Toninho, da Marfrig, ficou de me convidar para a experiência, que prontamente aceitei.
Marfrig.
Não é sem razão que meu “corpinho” de bailarino espanhol, esculpido com sacrifícios como este descrito, me faz usar babador, explico: minha circunferência abdominal está um tanto quanto avantajada, e alguns resíduos da refeição, teimam e ali ir parar, e se não tomar o cuidado para proteger a roupa....
Foto da alcatra de cordeiro.
www.marfrig.com.br
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

quarta-feira, 2 de março de 2011

Chefe do Grande Hotel Campos do Jordão se inspira na cultura germânica e cria prato com cerveja artesanal


Meninas e meninos,
Recebi um release das amigas da assessoria do restaurante do hotel Senac Campos do Jordão, e fiquei com água na boca.
A receita, vocês conferem ao vivo quando lá estiverem...
Segue abaixo:

Até 20 de março, o restaurante Araucária, localizado dentro do Grande Hotel Campos do Jordão, Hotel-escola Senac, participa da Temporada Gastronômica de Verão, realizada pelo Grupo Cozinha da Montanha e que traz como tema a cerveja artesanal. Inspirado nas influências alemãs da região, o chefe executivo do restaurante, Alexandre Righetti, criou uma receita especial para presentear o paladar dos clientes: Costela de porco assada ao "sous vide", acompanhada de maçãs verdes douradas, shiitake e caramelo de cerveja artesanal com especiarias.
Righetti utilizou a técnica de cozimento sous-vide, método de cozinhar o alimento lentamente em sacos fechados a vácuo colocado em água quente à baixa temperatura. “Dessa forma, consigo potencializar o sabor da costelinha de porco, combinadas com o adocicado das maçãs assadas com mel, cogumelos levemente salteados e o amargo do caramelo de cerveja escura, resultando em um prato de personalidade, sem perder o equilíbrio dos aromas e texturas”, conta o chefe.
Hóspedes e visitantes terão a oportunidade de experimentar a novidade até o final da Temporada. O Araucária foi eleito com a melhor carta de vinhos das montanhas na edição 2009/2010 da revista Veja Vale & Montanha. Em um ambiente aconchegante e ao som de piano, o restaurante reúne receitas locais e o melhor da cozinha internacional.

Restaurante Araucária
Local: Grande Hotel Campos do Jordão – Hotel-escola Senac
Endereço: Av. Frei Orestes Girardi, 3549-Campos do Jordão- S.P
12 3668-6000
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

terça-feira, 1 de março de 2011

Vende mais porque tem vinhos? Ou tem vinhos porque assim vende mais?

Meninas e meninos,
Estas são afirmações bastante reais e verdadeiras.

Quando falamos que há um casamento perfeito e que só não é para sempre quando um dos dois envolvidos está em desarmonia, estamos falando a mais pura verdade.
Se há um casamento feito para durar, é a dupla vinhos e gastronomia!
Uma parceria que envolve paixão e compreensão, que faz com que um mais um, resulte em um terceiro envolvido, que é a expressão máxima dos dois e algo a mais.
Desde sempre, os povos sabem que o vinho e a gastronomia se completam, pois ouvimos sempre falar que aquele determinado vinho, nasceu para aquela determinada comida .E nasceu mesmo! Ou será o contrário?
Quando temos um bom restaurante, seja aonde for, é certo que o cliente de gosto apurado e hábito sofisticado que o procura, pedirá para ver a carta de vinhos.
Não tem ? Deixou de cativar um cliente que seguramente, mesmo gostando da culinária, acaba por não retornar ao local.
O vinho que acompanha a gastronomia dos mais renomados centros, foi ao longo dos anos formando uma dupla que age em sinergia, e talvez seja um dos “segredos” mais conhecidos.
Temos é verdade uma gama variada de culinárias de todas as etnias, para todos os gostos, e que justamente por isto, fez com que o desenvolvimento da vitivinicultura, fosse acompanhando o enlace harmonioso desta união, mais em alguns lugares é verdade, do que em outros.
Sabemos que apontar os erros dos outros sempre é mais fácil, mas sabemos também que apontar os acertos, faz parte da vida das pessoas que são evoluídas.
Certa vez, tive que argumentar com um amigo, que me dizia ser a cerveja, por exemplo, mais fácil de acompanhar um almoço ou jantar.
Claro está, que temos o bom senso de saber, que há espaço para mais que um tipo de bebidas que podem e devem ser harmonizadas com a gastronomia.
Caso a bebida seja o vinho, este com uma garrafa, servirá perfeitamente até 3 pessoas para uma refeição, a brigada não precisa ficar de plantão em uma única tarefa, as taças não precisam ser trocadas e lavadas, o estoque é muito mais econômico em espaço, já que é só para as cheias, sempre harmonizam com a sobremesa e com o gran-finale do cafezinho, portanto um tíquete de mesa igual ou maior, mas com menos despesas em todos os sentidos.
Quando acabei de argumentar, meu amigo se deu por vencido diante dos fatos discorridos.
Procure sempre o melhor prato, para harmonizar com o melhor vinho.Isto não quer dizer que tenham que ser caros, bem compreendidos e harmonizados, sim.
Voltando ao tema deste artigo, vende mais porque tem vinhos, ou tem vinhos porque assim vende mais, creio que uma harmonia entre as duas afirmativas seja a mais próxima da verdade.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cezar Galvão