quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

UH-UH-HA-HA O CHURCHILL É NOSSO!

Meninas e meninos,
Como todos sabem, minha predisposição em falar dos vinhos Brasileiros estes anos todos se baseia em aspectos bem fáceis de se entender.
“Quem não se comunica se estrumbica”, já dizia o saudoso Chacrinha!
Os vinhos Brasileiros, ainda não se convenceram, apesar do bom trabalho agora feito pelo IBRAVIN, que têm que se comunicar e mostrar sua cara aos maiores interessados, depois da cadeia produtiva, que são os consumidores.
Sempre escrevi e falei que se tivéssemos o aumento do consumo, teríamos como baixar os preços, devido à escala de produção e vendas.
Quantas vezes não ouvi em palestras que dei com vinhos Brasileiros, me perguntarem porque os havia escolhido, e sempre disse que era por que são os mais desconhecidos dentre os consumidores, e que temos bons exemplares.
Ainda não os temos em quantidade expressiva de excelentes rótulos, mas os temos muitos bons e alguns até ótimos, em minha humilde opinião.
Sem comparações, por favor, pois ainda não temos terroirs tão bem definidos, tampouco cepas “emblemáticas” que os possamos descrever, e nem é esta a intenção, pois vinhos de lugares e climas diferentes, são diferentes.
Uma das uvas que particularmente me agrada muito, e sempre achei que poderíamos tê-la como uma das cepas mais proveitosas para vinhos é a Cabernet Franc, que a maioria dos viticultores conhece bem e algum dia plantou.
A Vinícola Valmarino é uma das que a utiliza em sua linha, e não é só ela, diga-se de passagem.
Sob a batuta da Eivin, distribuidora de vinhos Brasileiros, fiquei conhecendo um Cabernet Franc vinificado pela Valmarino, mas “afinado” por assim dizer pelo representante de uma tanoaria, a Taransaud, Nathan Churchill, e que trouxe barricas de carvalho americano top de linha, as “Canton Vintage”, com secagem natural por 24 meses, para provar que esta madeira quando bem trabalhada não faz tanta diferença quando comparada com as de carvalho francês.
Pois bem, uma partida de 600 garrafas(duas barricas) do Cabernet Franc da Valmarino foi parar nestas barricas novas que têm tostagem média plus, por exatos 10 meses e vinte dias.
Este vinho, denominado CHURCHILL, é complexo, exuberante, ao menos em sua safra 2006, a que degustei.
Ótimo no olfato, com acidez interessante e álcool bem comportado-12,5%, algo que tenho buscado cada vez mais para fugir dos bombados 14%, não que estes não me agradem, mas com estas temperaturas...
Vale a pena conferir.
Vinícola Valmarino
http://www.valmarino.com.br/
Nathan Churchill
11 3743-5546
Eivin
http://www.eivin.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

2 comentários:

Eugênio Oliveira disse...

Oi Álvaro, já tomei esse vinho na safra 2005 se não me engano, junto com Vila Bari Gran Rosso e Prelúdio do Marco. O Vila Bari se mostrou um pouco adocicado e carente de acidez,isso o fez o mais fácil de agradar os iniciantes. O Prelúdio por outro lado tinha ótima acidez e bem aromático, só o achei com um final muito curto, mas era o mais gastronômico. O Churchill aberto por último se mostrou muito doce, agradável no início mas seu adocicado o tornou enjoativo, sobrando na garrafa, e éramos quatro a tomá-lo.

Um abraço.
Eugênio Oliveira
www.decantandoavida.com

Álvaro Cézar Galvão disse...

Eugênio, o que torna este mundo do vinho tão belo e complexo, é que a própria diversidade de gostos de quem os degusta, faz a alegria de uns, e a falta dela em outros.
O importante ao meu modo de ver, é isso que você, eu, e tamtos outros fazemos:experimentar de tudo, e claro, analisar sobe nossa ótica pessoal, mas sempre lembrando aspectos técnicos como você tão bem descreveu.
Abraços de luz
Álvaro Cézar Galvão