terça-feira, 21 de julho de 2009

Solar do Vinho do Porto homenageia o Barão de Forrester


Meninas e meninos,
No inicio deste mês, fui honrado com o convite de meu amigo José Maria Santana, para participar de mais um jantar do Solar do Vinho do Porto, onde o Solar-SP, cujo presidente é o José Maria, e o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto dedicaram o evento à lembrança e comemoração de uma data cara a todos nós que gostamos dos vinhos desta Região Demarcada; os 200 anos do nascimento do Barão de Forrester, personagem com forte influência na história do Vinho do Porto.
Para falar um pouco sobre ele e sobre a evolução dos vinhos do Douro e Porto do século XIX até os dias de hoje, ninguém melhor do que meu amigo Carlos Cabral.
Nascido a 27 de Maio de 1809, Joseph James Forrester, na Grã Bretanha, em 1831 juntou-se à empresa vinícola de um tio seu no Porto, e iniciou uma reforma no comércio de vinhos. Na sua obra de 1844, Uma palavra ou duas sobre o vinho do Porto, declarou guerra aos que adulteravam o vinho Desenvolveu o primeiro mapa da Região Demarcada do Douro e foi o precursor de várias reformas que alteraram, então, o comércio dos vinhos.
Também estudou o oídio da vinha causado pelo Oidium tuckeri,
Razões que lhe valeram o título de barão, atribuído por D. Fernando II, na altura regente porque D. Pedro V ainda não tinha atingido a idade adulta.
Em 1861, o barco de Forrester virou-se no Cachão da Valeira, sendo arrastado para o fundo por causa do cinto com dinheiro que levava consigo, nunca tendo sido encontrado o seu corpo. Nessa derradeira viagem, fez-se acompanhar por D. Antónia Adelaide Ferreira, mais conhecida como "Ferreirinha", que segundo reza a história, não se afogou porque as saias de balão que então vestia, a fizeram flutuar até à margem do Rio Douro. Hoje em dia, depois de construídas algumas barragens, o Cachão da Valeira já não constitui o perigo de outrora para os navegadores do Douro. Pode contemplar-se a beleza do Cachão apartir de um monte próximo conhecido como "São Salvador do Mundo".
Duzentos anos depois do nascimento do "escocês com paixão pelo Douro", o Porto continua a perpetuar o legado deixado pelo Barão de Forrester. Em época de
O evento se deu em ambiente típico português, em um restaurante, novo espaço dedicado à cozinha portuguesa na Zona Leste, o Bacalhoeiro, que nos brindou, além das belíssimas instalações, com um belo bacalhau para harmonizar com os mais de 19 vinhos, dentre os quais vários Portos.
Gostei muito, só para citar uns poucos, do Quinta Dona Leonor Colheita 2003, Quinta das Peixotas Reserva 2001 e Quinta Valbom de Cima Colheita 2002, todos trazidos pela Baid’nHer.que eu não conhecia.
O Pintas da importadora Vinci, e o Crasto da importadora Qualimpor também lá estavam fulgurantes.
Os portos Noval 20 trazido pela Grand Cru e Royal Oporto pela Barrinhas finalizaram a refeição com pompa e circunstância.
A Cristina Neves, assessora das mais competentes estava feliz com o evento, pois nele estávamos entre velhos e novos amigos, em harmoniosa e alegre descontração, desfrutando da companhia e da enogastronomia.
Parabéns aos organizadores, e José Maria, aplausos pelo belo trabalho.
Restaurante Bacalhoeiro
http://www.bacalhoeiro.com.br/
Barrinhas
http://www.barrinhas.com.br/
Grand Cru
http://www.grandcru.com.br/
Baid'nHer
http://www.baidnher.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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