terça-feira, 17 de março de 2009

Comercialização de vinhos gaúchos aumenta 3,28% em janeiro


Meninas e meninos,
Venho há muito incentivando e mostrando nossos vinhos em minhas palestras e matérias.
Agora, recebo de meus amigos do Ibravin-Instituto Brasileiro do Vinho, a notícia do incremento de vendas no mês de Janeiro de 2009, embora haja queda em alguns tipos de espumantes, há aumento no tipo Moscatel e também nos sucos naturais de uvas. Notícia esta que me deixa particularmente satisfeito e otimista, pois como digo sempre, nossa tradição vitivinícola está apenas começando.....Mas leiam a íntegra abaixo.


O ano começou bem para os vinhos gaúchos. O primeiro mês do ano fechou com um acréscimo de 3,28% na comercialização de vinhos produzidos no Rio Grande do Sul – responsável por cerca de 90% da produção nacional. É o primeiro resultado positivo desde 2006. O ano passado, por exemplo, começou com queda de 22%. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho, foram vendidos 14,19 milhões de litros de vinhos finos e de mesa em janeiro de 2009, ante 13,74 milhões de litros colocados em janeiro do ano passado. Os números apurados pelo Ibravin têm base no Cadastro Vinícola, mantido em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As informações não abrangem o restante do País em razão de outros estados brasileiros não implantarem o Cadastro Vinícola. Os números de fevereiro serão conhecidos no final deste mês. A elevação do dólar em relação ao ano passado e a maior divulgação do produto nacional são apontados pelo diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani, como os principais motivos no incremento de vendas dos vinhos em janeiro. Uma prova é a queda de 2,5% nas importações de vinhos. O primeiro mês do ano teve a entrada de 3,47 milhões de litros de vinhos de outros países, contra 3,56 milhões de litros que ingressaram no mesmo período em 2008. Esta diminuição interrompe uma curva ascendente de 2003 a 2008 na presença de vinhos importados no Brasil. “Com o câmbio desfavorável, os produtos importados perdem parte do diferencial competitivo com os vinhos brasileiros”, observa Paviani. O Chile sofreu uma baixa de 22,46% nas vendas de seus vinhos ao Brasil. A Argentina caiu 5,75%; a Itália amargou uma diminuição de 12%. As maiores perdas, porém, foram do Uruguai (-49,5%) e da Nova Zelândia (-93,5%). Paviani acrescenta que, na categoria vinhos de mesa, a entrada em vigor de norma que obriga as Sangrias e Coquetéis a utilizarem o Selo de Controle Fiscal da Receita Federal, desde 1º de janeiro, pode estar influenciando o aumento da comercialização deste produto. “Começamos bem o ano, cujo maior desafio é estancar o ritmo de queda na comercialização do vinho brasileiro, produto de maior volume e importância econômica na cadeia produtiva”, comenta. Em 2008, ocorreu um recuo de 13% nas vendas, acumulando a terceira queda seguida no mercado.Suco O levantamento do Ibravin ainda mostra um incremento de 5,8% na comercialização de suco de uva natural/integral. O mês de janeiro registrou a venda de 1,13 milhão de litros de suco de uva natural/integral, diante de 1,06 milhão colocados no mês de estréia de 2008. “Este resultado é consequência direta do conhecimento cada vez maior dos benefícios para a saúde do suco integral de uva, que não recebe adição de água nem de açúcar”, explica o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. Os dados reforçam esta percepção: a venda de suco de uva concentrado teve um aumento de 7% e o suco adoçado despencou 52%. Bertolini espera um aumento de 20% no consumo total de suco de uva no Brasil este ano. Em 2008, o crescimento alcançou 15,6%. EspumantesA única diminuição verificada em janeiro de 2009 já era esperada. A venda de vinhos espumantes produzidos no Rio Grande do Sul somou 229 mil litros, um recuo de 11,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram comercializados 260 mil litros. “O melhor mês para a comercialização de espumantes é dezembro, sendo que mais da metade da produção é vendida no último trimestre do ano. Então, a queda nas vendas em janeiro é natural”, avalia Bertolini. A má notícia, contudo, tem o seu lado positivo. A maior queda entre os espumantes foi registrada entre os tipo brut e demi-sec, que tiveram um decréscimo de 17,7%. Por outro lado, os moscatéis inflaram em 26,7% sua presença nas taças brasileiras. O crescimento segue a tendência de alta no consumo de espumantes moscatéis comprovada pelo salto de 20% nas vendas de 2008. “O consumo de moscatéis influencia positivamente todo o mercado, pois eles costumam ser a porta de entrada para espumantes secos e vinhos brancos e tintos”, lembra Bertolini.
Ibravin
http://www.ibravin.org.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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