segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Quinta Mendes Pereira- II

Meninas e meninos,

Segue a continuação da matéria sobre Raquel Mendes Pereira e sua Quinta.

Julho de 2007
Raquel Mendes está em São Paulo, colaborando com o importador e distribuidor “Lusitana de Vinhos”, no lançamento dos seus produtos no exigente mercado Brasileiro.
Nos últimos cinco anos, o consumidor brasileiro de vinhos de qualidade, deixou de ser exclusivo de uma pequena elite que seguia modas internacionais dos vinhos Europeus. Atualmente o Brasil possui centenas de milhar de consumidores fortemente conhecedores e apreciadores de um vinho de qualidade. O mercado apresenta novos e excelentes vinhos nacionais, confirmadas ofertas Chilenas, Argentinas, Australianas e Neozelandesas, bem como os tradicionais vinhos Europeus.
Contudo, desde o seu nascimento há cinco anos, a produção do Quinta Mendes Pereira foi premiado quatro vezes pela Comissão de Vinhos do Dão, encontrando-se a sua safra de 2006 a participar no atual concurso de produtores.Em 2006, e sob a insígnia “A Arte do Vinho”, dois dos seus vinhos tintos de 2003 – o Garrafeira e o Colheita DOC – foram incluídos na lista dos 160 melhores vinhos de Portugal. Essa lista compreende ofertas desde os vinhos do Porto e Madeira até aos Verdes e Maduros Tintos e Brancos, que estejam em comercialização efetiva e não apenas nas prateleiras de colecionadores. Raquel Mendes é a única Brasileira produzindo vinhos de qualidade premiados em Portugal e talvez mesmo a única Brasileira produzindo vinhos na Europa. Ela conseguiu incorporar nos seus vinhos uma elegância invejável, um corpo forte e vigoroso, uma persistência prolongada no paladar, um aroma encantador de frutos vermelhos nos Tintos e explosão rica frutada e seca nos Brancos, associada a uma suavidade ímpar que desperta de imediato a vontade de não interromper nunca a degustação destes néctares.Na Quinta, toda a cultura de videiras está plantada em suaves encostas, com ligeira inclinação a sul (sol predominante), num solo profundo de 25 metros até 30 metros, em boa mistura de terra arenosa com argila, seca à superfície como mandam as regras da boa vinha, e riquíssimo em água na transição freática para o subsolo. A Quinta Mendes Pereira possui um lago com um hectare de extensão, que assegura continuamente a riqueza de água do solo de profundidade, evitando a necessidade da rega e eliminando as doenças de podridão das plantas. As videiras foram parcialmente renovadas de forma a garantir a homogeneidade da produção e de acordo com as castas tintas selecionadas Touriga Nacional, Tinta Roriz (Aragonês) e Alfrocheiro, bem como as castas brancas Encruzado, Cerceal e Bical.A produção da Quinta é seguida tecnicamente por um Engenheiro Agrônomo e por um Enólogo. Tem como objetivo dominante a manutenção e melhoria da qualidade conseguida e reconhecida, e assegurar um volume de produção do vinho selecionado que permita responder com as quantidades necessárias, a procura homogênea no tempo por parte dos mercados de eleição.Após o engarrafamento, o vinho pode ser consumido de imediato, ou pode ser guardado por longos períodos. Para armazenamento recomenda-se uma temperatura de 18º num ambiente com ausência de luz.“A Quinta Mendes Pereira orgulha-se em proporcionar aos verdadeiros apreciadores um vinho tinto premiado com medalha de prata no Concurso dos Melhores Vinhos do Dão na Produção.Produzido com uvas das castas recomendadas Touriga Nacional, Tinta Roriz, e um toque de Alfrocheiro, apresenta aroma a frutos vermelhos maduros e uma coloração rubi intensa.Na boca apresenta uma estrutura corpórea de intensos taninos redondos e prolongados.É um vinho artesanal, susceptível a precipitação e depósito natural na garrafa. Este vinho pode ser guardado por mais de uma década.Ao servir, deixe-o respirar e ambientar à temperatura de 18º.Beba com moderação em ambiente de degustação ou acompanhando carnes de qualidade e iguarias tradicionais.A produção ocorre integralmente na Quinta Mendes Pereira, e o seu nome apenas é usado no engarrafamento dos lotes de vinho selecionado e premiado.No final de Julho faz-se a monda que consiste numa pré-vindima em que são podados todos os cachos considerados não adequados ou excessivos para a produção de um vinho de qualidade. Desta forma é eliminada cerca de 1/3 da fruta nas videiras, mas favorece-se um crescimento homogêneo dos cachos e um elevado teor de álcool. Consegue-se assim um padrão elevado, com uma maturação completa das uvas em detrimento do volume da colheita.A vindima ocorre em finais de Setembro sob os auspícios do padroeiro S. Miguel, como é natural num vinho Português de terras altas. A apanha é feita de forma manual para não danificar ou adulterar as uvas e evitando-se sempre as horas de sol alto, pois a fermentação não pode começar no campo.Na adega, os frutos são espremidos de modo tradicional num lagar de pedra granítica, e aí permanecendo num estágio de 4 a 6 dias com constante “pisar” humano, sob extremas condições de higiene. Nos vinhos tintos, há que extrair todo o sumo das uvas e transferir toda a coloração da casca para o precioso néctar. Este processo artesanal assegura a melhor transição dos taninos da pele da uva para o mosto dentro do lagar, dada a constante interação em movimento. Consegue-se a total separação do bagaço sem moagem das sementes e da pele, evitando assim os “amargos” provenientes da trituração parcial do bagaço típica de produções não artesanais, ou seja, sem nenhum tipo de adulteração no paladar.Obtém-se assim uma forte graduação com total controlo da acidez, uma enorme homogeneidade, uma forte coloração, e um intenso odor a frutos vermelhos nos vinhos tintos e de um admirável aroma frutado nos vinhos brancos.Estes são fermentados a baixas temperaturas e filtrados quinze vezes antes de adquirirem a sua transparência e cintilação tão apreciada.A fermentação dos tintos processa-se em cubas metálicas revestidas, sendo o estágio assegurado em cubas tradicionais de vitro-cerâmica.O vinho estabiliza com uma graduação alcoólica normalmente superior a 13,5º (12,5º nos brancos).Não está previsto o estágio prolongado em madeiras de carvalho, por não ser julgado aconselhável para este tipo de vinho, que não necessita de correções proporcionadas pelo armazenamento em madeira.Nos tintos, o descanso mínimo do vinho durante um “sono” de 18 meses apenas é perturbado para recolha de amostras para análise e controlo.A seleção "Garrafeira" descansa durante um período de 36 meses.
Para saber mais, procure a Lusitana de vinhos e azeites ltda
4508-8880
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

2 comentários:

Anônimo disse...

Como pode uma brasileira vencer na difícil arte do vinho do velho continente e todo o mundo desconhecer?
Onde eu posso encontrar o Quinta Mendes Pereira no Brasil? Que Restaurantes?

Álvaro Cézar Galvão disse...

O tel da importadora e o site está na matéria publicada.
Entre em contato e fale com a Elisa em meu nome, que ela dará todas as informações.
Abraços de luz
Álvaro Cézar Galvão