domingo, 22 de junho de 2008

KANIMAMBO JOÃO FILIPE E TODOS OS DEMAIS


Meninas e meninos,
Vez por outra somos surpreendidos com a simpática e agradável menção ao nosso trabalho, pelos nossos amigos e colegas de atividade.
No caso específico, estou falando de nossa atividade de garimpadores e percucientes do mundo do vinho e seus detalhes.
Quando resolvemos abraçar esta atividade, ao menos os que conheço e chamo de amigos do circuito, já éramos, na maioria, profissionais de outras áreas que nos dedicávamos ao vinho e seus mistérios, mais como hobby.
Não que os que vislumbraram desde há muito esta atividade não sejam meus amigos, mas estes, por serem mais iluminados que eu, os chamo de mestres, e os há em boa quantidade graças ao bom deus Baco, e com eles aprendo algo, todas as vezes que nos encontramos.
Falar do vinho, quando se tem uma "litragem" apreciável, não é tão complicado, o difícil é vermos pessoas falando dos vinhos como algo intangível à todos, e não é este o caso.
Conhecer o vinho tecnicamente é dever de mister, e para isso há que se estudar continuamente e se atualizar, esta parte é mais difícil.
Reconhecer o vinho que se gosta de beber, é mais fácil, porém mais subjetivo.
Digo sempre que somos seres vivos, e assim o é o vinho, portanto sofremos alterações que nos levam a mudanças, por vezes, pequenas, outras nem tanto.
Nunca, na minha opinião, devemos experimentar os vinhos por menos de três ocasiões diferentes, quando em uma delas o vinho não nos parece adequado.Ser tolerante em princípio é a palavra.
Digo três vezes para que possamos tirar a "prova", pois se em uma das ocasiões, somos nós que estamos aquém, e na outra é o vinho, sempre poderemos ter a terceira prova como desempate.
O que tem todo este preâmbulo a ver com a palavra KANIMAMBO?
Bem, para mim, digo KANIMAMBO aos amigos, mestres, conhecidos e principalmente aos vinhos, que nos auxiliam a vermos o mundo sob uma ótica mais tolerante.
Pra quem quer saber o que KANIMAMBO significa, a mais singela definição é: OBRIGADO no dialeto Changane
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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