quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Mulheres e Vinhos-O charme envolvente

Sempre fui instigado a escrever sobre o charmoso mundo do vinho, e a primeira coisa que me veio à cabeça, foi que a parte mais charmosa deste mundo vínico, além é claro do suco de uvas fermentado, são as mulheres, como em tudo o mais, diga-se de passagem. Vinho e mulheres, não vivo sem eles!
Meninas, não me levem à mal nem tampouco quero ser pedante.
O vinho, que desde sua aparência líquida, tanto os brancos como os tintos, os rosados e os espumantes, deslumbram a nós apaixonados amantes desta bebida dos deuses, passando por sua aparência linda, seus aromas, que podem ser mais ou menos suaves e marcantes, e finalmente por seu tato, que no caso é o nosso paladar, sempre esteve e estará ligado ao charme , que nos lembra em tudo a mulher.
Não é qualquer iniciado que aprecia o vinho desta maneira, comparando-o ao ser maravilhoso que é a mulher, mas com certeza, todos eles reconhecem o charme contido nesta bebida e nas mulheres.
Para começar, o vinho requer uma taça apropriada para cada tipo, em virtude do realce que se dá ao visual, paladar e aromas, que se definem e desprendem mais facilmente, de acordo com o desenho de cada uma, costumo dizer que é a engenharia aliada à estética. E o que é a mulher? Esta não se encaixa muito bem nesta frase?
O desenho das garrafas é outro dentre os vários pontos que podemos descrever para mostrar o charme do vinho, tudo isto ainda sem comentar o líquido propriamente dito, e que de novo nos remete à mulher.

Meninas, muito já se escreveu sobre o tema, mas para mim, ele é sempre uma fonte inesgotável e apaixonada.
Caso já tenham ouvido, ou lido texto semelhante, levem em consideração, que o motivo é de exaltar as mulheres, os vinhos, e não copiá-los em série, como alguns vinhateiros fazem, o que nos tornaria monstros!
O vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher. Nenhum alimento é mais apropriado a este ser forte e doce, que o vinho.
Numa pesquisa realizada em Nova York, 57% das mulheres consultadas preferiram o tinto, somente 30%, o branco, e 6% elegeram o espumante do tipo champanhe. Pode-se supor, entretanto, que entre os grandes tintos Bordeaux, a preferência das mulheres recaia sobre a região de Margaux, ou pela Borgonha, cujos vinhos, por sinal, são chamados de femininos. Sempre que se vai falar de realeza entre as variedades de uvas, fala-se da tinta Cabernet Sauvignon como rei, e da branca Chardonnay como rainha. Tende-se sempre a associar o vinho branco às mulheres, e o tinto aos homens. Embutem-se aí dois preconceitos: o de que quem gosta de branco não entende de vinho, o que não é verdade, e o de que os homens entendem mais, porque preferem o tinto, pura balela!
Entre os especialistas mais lidos e respeitados no mundo do vinho, três são mulheres: Serena Sutcliffe, Fiona Becquett e Jancis Robinson. Elas estão no mesmo nível (ou até um pouco acima) de Robert Parker e Hugh Johnson.
Na história do vinho, houve mulheres fortes que deixaram sua marca num meio tradicionalmente dominado por homens. Um exemplo clássico: Nicole-Barbe Clicquot-Ponsardin, a veuve Clicquot, que, viúva aos 27 anos e mãe de uma filha de 3 anos, revolucionou a casa de champanhe da família no início do século 19 e ficou conhecida como a inventora do remuage, procedimento destinado a retirar as borras de levedura das garrafas de champanhe. Mas a veuve Clicquot e outras mulheres de fibra do passado sempre foram exceções que confirmavam a regra: fazer vinho era uma tarefa eminentemente masculina. Até hoje é assim. No entanto, nas últimas duas ou três décadas, como em quase todas as profissões, mais e mais mulheres passaram a elaborar tintos , brancos, rosados e espumantes. Em qualquer lugar do mundo em que o suco da uva fermente e vire vinho, elas ainda são minoria, é verdade. Mas não é mais possível ignorá-las. Elas chegaram às vinícolas – e chegaram para ficar.
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão

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